Conheça a relação entre Educação musical infantil e Criatividade

Cada vez mais, escolas públicas e privadas têm investido na educação musical infantil de seus estudantes. Mas, quais os benefícios dessa musicalização ainda na infância, e como esse ensino se relaciona com a criatividade nos pequenos? Neste texto, falaremos um pouco mais sobre educação musical infantil e criatividade. Quer saber mais sobre o assunto? Então confira o texto abaixo!

Iniciativa antiga

Não é de hoje que as escolas investem na musicalização de sua educação infantil. Desde o começo do século XX, as instituições de ensino reuniram suas crianças para cantar. Eram os chamados Orfeões, agremiações estudantis semelhantes aos corais. Entretanto, verificou-se com o tempo, que esse tipo de manifestação artística nem sempre era benéfica do ponto de vista pedagógico, pois engessava e limitava a atuação dos alunos, com pouco ou nenhum estímulo à criatividade.

Por isso, a educação musical infantil foi sendo desenvolvida e aprimorada de forma mais moderna e eficiente nos últimos 30 anos, de modo a incentivar a criatividade dos pequenos e estimular suas interações sociais de forma saudável e construtiva.

Mas, de que forma a educação musical infantil pode se relacionar com a criatividade das crianças?

Aprimoramento na técnica

Ao longo de muitas pesquisas realizadas por estudiosos da educação, verificou-se que o ensino musical desperta nas crianças sentimentos bastante frutíferos em relação à criatividade: com o prazer e a ludicidade dos estudos musicais, sempre divertidos, animados e repletos de som e música, os alunos tendem a desenvolver de forma mais apurada um senso artístico-cultural.

A sensibilidade subjetiva promovida pela educação musical leva os pequenos estudantes a se tornarem mais criativos através de sua maior dedicação em pensar, desenvolver coisas novas, compor e discutir com os colegas de classe os sons, instrumentos, letras e canções de músicas.

Não se trata de transformar o aluno em um músico ou um artista nato, mas sim de estimular nele a criatividade e a subjetividade que podem ser muito úteis para a solução de problemas e a rápida tomada de decisões que podem ser exigidos ao longo da vida, até mesmo na infância.

Em crianças que já tenham alguma aptidão musical, a musicalização infantil pode acelerar o processo de aprendizado técnico na música e, assim, incentivar o surgimento de um artista mais habilidoso, criativo, dedicado e sensível, o que contribuirá de forma efetiva para a cultura.

Aproximando a arte das crianças

O estudo de música, como qualquer forma de arte, não é linear e engessado como o estudo de outras matérias, como por exemplo português e matemática. Apesar de também ter técnica e teoria, torna-se muito mais fácil ensinar a música de forma lúdica, divertida e interessante para os alunos.

Aproximar a arte das crianças desde cedo é uma boa maneira de se incentivar a criatividade e o discernimento necessários para uma sólida formação ética e moral dos mesmos. A Sociedade Artística Brasileira mantém várias iniciativas culturais. Conheça hoje mesmo o nosso trabalho através de nosso site e leia outros de nossos artigos.

Qual a importância da educação musical na escola?

No nosso dia a dia somos submetidos aos mais variados estímulos sensoriais, principalmente os visuais e auditivos, porém, não costumamos percebê-los de modo adequado e que nos proporcione a melhor experiência de vida. No que diz respeito aos estímulos auditivos, mais precisamente à música, há um vasto horizonte que pode, e deve, ser desenvolvido nas escolas.

Nesse contexto, nós da Sociedade Artística Brasileira (www.sabra.org.br) preparamos este artigo onde abordaremos a importância e os principais benefícios da educação musical na escola. Vale ressaltar que nossa filosofia é proporcionar a construção do futuro das crianças, adolescentes e jovens utilizando a música, de modo que pequenos gestos possam transformar vidas!

Melhoria do processo cognitivo

Você já deve ter ouvido falar que a música é capaz de despertar habilidades e melhorar o raciocínio lógico das pessoas. Esse efeito é percebido em todas as faixas de idade, no entanto, ocorre em maior intensidade em crianças, pois seu processo cognitivo está em estágio de maior elasticidade e potencialização.

Há uma forte ligação e estreitamento entre o desenvolvimento musical e o intelectual/cognitivo e, de acordo Aurilene Guerra, mestre em neuropsicologia e professora de Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ao desenvolver e realizar a escuta ativa, o aluno será capaz de ter maior habilidade de concentração, bem como estabelecer melhores resultados cognitivos.

A escuta ativa é uma técnica muito desenvolvida nos exercícios de percepção nas aulas de educação musical e, a partir do treino contínuo, o aluno reúne habilidades que estimulam as atividades cerebrais de maneira mais efetiva. Além disso, aprender a tocar um instrumento desenvolve as habilidades motoras e a coordenação dos movimentos.

Ampliação dos horizontes culturais

A educação musical na escola, principalmente nos primeiros anos letivos é um fator determinante para possibilitar a abertura dos horizontes culturais das crianças e adolescentes, de forma que a música é um elo entre as mais diversas manifestações culturais.

Perceba que a educação musical é como um elemento agregador entre as artes em geral, um elemento que desperta nos alunos o sentimento de sentir e perceber cada manifestação cultural que os cerca de forma plena e abrangente.

Aprendizado de integração

A música tem grande capacidade de integração e, por este motivo, a educação musical é uma disciplina fundamental para a grade curricular de toda escola. Tal integração ocorre em vários níveis e instâncias. Vejamos a seguir:

•Integração entre alunos — a educação musical desenvolve nos alunos o sentimento de grupo, de ajuda mútua, no qual cada um representa parte de um todo;

•Integração entre escola e alunos — a escola torna-se o alicerce de apoio entre a educação musical e os alunos, situação em que os professores desse programa exercem um papel importante de orientação e estímulo;

•Integração entre alunos e sociedade — a integração entre alunos e sociedade provenientes da educação musical desperta a consciência de cidadania e o entendimento de que a música é fundamental para ajudar a transformar vidas.

O aprendizado de integração é contínuo, de modo que a educação musical torna esse processo consistente.

Desenvolvimento da criatividade e sensibilidade

É inegável que a educação musical, a descoberta de sons e melodias, o apreciar dos mais diversos instrumentos e técnicas, permitem um ambiente ideal para que os alunos desenvolvam a criatividade e sensibilidade.

Nesse contexto, o cérebro é submetido aos mais diversos estímulos e desenvolve o processo de neuroplasticidade, ou seja, o sistema neuronal ativa áreas não exploradas anteriormente, de modo que o seu resultado sensorial estimula os mais diversos estágios de sensibilidade emocional e produção criativa.

A história da educação musical brasileira

A história da educação musical brasileira esbarra no próprio descobrimento do país. Pois, quando aportaram em nossas praias, os portugueses trouxeram consigo os jesuítas. Esses, por sua vez, utilizaram das práticas musicais europeias a fim de converter os índios.

Para tanto, as canções e hinos católicos eram traduzidos para o Tupi. Também era comum que fossem utilizados os Autos, monólogos acompanhados por música. Não podemos esquecer, no entanto, que com isso os catequizadores ignoravam a cultura já estabelecida entre os povos nativos.

O nosso período colonial manteve a educação musical atrelada à igreja católica. As exceções eram aulas particulares que tinham um objetivo mais profissionalizante. Terminado este período, o marco para o ensino da música no país foi o ano de 1854. Nesta época foi oficializada a presença da prática nas escolas públicas brasileiras. A lei promulgada então determinava que fossem lecionadas noções musicais e exercícios de canto.

Décadas de 1910 a 1930: Villa-Lobos e o Canto Orfeônico

No início do século XX, dois educadores de São Paulo reorganizaram o ensino já estabelecido na rede pública. Assim, João Gomes Júnior e Carlos Alberto Gomes Cardim começaram a promover o canto coral. Prática essa que foi impulsionada por outros fatores pertinentes ao período, como a popularização do Canto Orfeônico. A finalidade dessa atividade, originada na França do século XIX, era educar e disciplinar através do canto amador. Naqueles tempos diversos manuais didáticos de Canto Orfeônico foram publicados no Brasil.

Na década de 1930, retorna ao país uma das figuras mais importantes na história da educação musical brasileira: Heitor Villa-Lobos. Dez anos antes, o maestro e compositor havia passado uma temporada na França. Foi onde vislumbrou o potencial da música como instrumento educador e entrou em contato com as propostas de Zoltán Kodály. O educador húngaro propunha que além de utilizar o canto coral, devia-se priorizar material folclórico e popular da própria terra.

Dessa forma em 1932 o Canto Orfeônico tornou-se disciplina oficializada nas escolas públicas do Rio de Janeiro. E foi nesse mesmo ano que Villa-Lobos ficou à frente da direção da Superintendência da Educação Musical e Artística (Sema). A instituição tinha por objetivo justamente formar professores de Canto Orfeônico. Em função disso, o país presenciou um crescimento da prática nas décadas de 30 e 40.

Do século XX aos dias de hoje

Os métodos ativos de educação musical passaram a ser introduzidos em escolas especializadas a partir da década de 40. Essa forma específica de ensino da música vicejou especialmente no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Salvador. Já em 1961, foi promulgada a primeira Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a LDB. A partir daí o Canto Orfeônico foi substituído nominalmente pela educação musical. Ainda que não houvesse diferença entre as aulas e metodologias administradas.

No ano de 1971, uma nova LDB foi promulgada, relegando à música papel secundário na disciplina de educação artística. Sendo essa uma matéria de natureza polivalente, exigia-se do docente o domínio de música, teatro, artes plásticas e desenho. Evidentemente esse panorama de expressões artísticas acabava não cabendo no curto espaço de tempo das formações escolares. Além disso, e em detrimento do ensino musical, o foco principal terminava por recair nas artes plásticas.

Com o tempo, o ensino da música terminou praticamente esquecido no país, mesmo com o advento de uma nova LDB em 1996. Na prática, a educação musical ausentou-se das escolas brasileiras por pelo menos 40 anos. Em 2008, um projeto de lei tentou inserir novamente o ensino da música nas escolas.

Como os projetos sociais impactam na educação dos jovens?

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Orquestra Sinfônica – O que é?

A maioria das pessoas compreende que uma orquestra é constituída por um grupo de músicos executando obras em diferentes instrumentos. O conceito parece relativamente simples, mas você já se perguntou quantos devem compor esse conjunto tão característico? Ou mesmo quais instrumentos devem estar presentes para o perfeito equilíbrio artístico e acústico da peça? Dentre tantas dúvidas, destacamos ainda a mais importante: afinal, o que é uma orquestra sinfônica?

A seguir vamos entender melhor esse conceito e diferenciar os principais tipos de orquestra existentes. Partindo do princípio, comecemos definindo a constituição dessa organização musical. Há quatro grupos de instrumentos que devem obrigatoriamente estar presentes. São eles as cordas, as madeiras, os metais e a percussão com ou sem altura definida. Em alguns casos inclui-se ainda um solista ao grupo. Pormenorizando cada esfera dessa organização temos:

Cordas

• Spalla e mais 31 violinos, os últimos divididos entre 1º e 2º;
• 12 violas e 12 violoncelos;
• 8 contrabaixos dos quais um ou dois possuem cinco cordas.

Madeiras

• Com palheta – Oboés, corne-inglês, clarinete, clarone, fagote e contrafagote;
• Com bocal – Flauta transversal e flautim.

Metais

• Trompas, trompetes, trombone e tuba;

Percussão

• Com altura definida: Tímpanos, marimba, xilofone e sinos;
• Sem altura definida: Tamboriles, pandeirola, pratos, dentre outros.

A esses instrumentos pode ser acrescentado um grupo de teclas, representado por piano e órgão, embora não seja obrigatório. É muito comum inclusive que o pianista faça o papel de solista. Curiosamente o piano na classificação do sistema Hornbostel-Sachs é tido como um instrumento de percussão. A razão é que a sua sonoridade depende de um sistema de cordas percussivas.

O número de integrantes de uma orquestra sinfônica pode variar entre 50 e 100 músicos. Não podemos deixar de mencionar ainda o papel do regente. É ele que irá conduzir a peça, sendo, portanto, o seu intérprete. O maestro marca o ritmo musical e as variações interpretativas com o auxílio de uma batuta.

Definição e história da orquestra sinfônica

Uma vez que entendemos a constituição do corpo de uma orquestra podemos partir para a sua classificação. Os principais tipos a ser mencionados aqui são a filarmônica e a sinfônica. A diferença entre as duas se dará no modelo administrativo adotado já que ambas possuem aproximadamente a mesma estrutura.

A orquestra sinfônica é mantida por instituições públicas, ao passo que as filarmônicas são mantidas por entidades privadas. Contudo, devemos ressaltar que essa é uma definição que tem mudado em tempos recentes. Com isso a diferença entre os dois tipos de orquestra vem se tornando cada vez mais nominal.

Grécia Antiga

Quanto à origem do termo, este remonta à Grécia antiga no século V a.C. Seu surgimento se dá mais especificamente nos espetáculos encenados nos anfiteatros helênicos. Os teatros possuíam um espaço posterior ao palco dedicado ao coro e às danças. Ali também se localizavam os instrumentistas. A palavra grega “orkestra” era usada para o local e designava originalmente um lugar destinado à dança.

Entre os séculos XVII e XIX a orquestra foi se aproximando daquilo que conhecemos hoje. Nesse período foi aumentando de 36 para 60 o número de instrumentistas integrantes do corpo. Mas foi apenas com o compositor romântico francês Hector Berlioz que encontramos organizada a orquestra nos moldes contemporâneos. Além das organizações sinfônicas e filarmônicas, podemos citar agrupamentos menores, como as orquestras de câmara. Nesse caso estarão presentes apenas os instrumentos de corda.

Assim encerramos nossas explicações. Agora você não terá mais dúvidas na hora de conceituar o que é uma orquestra sinfônica. Lembrando que dentre os maiores destaques no Brasil temos a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, e claro, a Orquestra Sinfônica Brasileira.

Como os recursos do FIA ajudaram na aquisição de violoncelos para a SABRA?

A Sociedade Artística Brasileira SABRA mantem, desde 2013,  a Orquestra Sinfônica de Betim constituída por jovens músicos. Trata-se de um grupo que proporciona a seus integrantes a transição entre o ambiente acadêmico e o profissional. No momento, vários ex-integrantes já atuam profissionalmente em Orquestras de todo o Brasil.

Como os recursos do FIA ajudaram na aquisição de violoncelos para a SABRA?

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Regência de orquestra – comunicação gestual

A regência é a arte de dirigir uma performance musical, como um concerto orquestral ou coral. Foi definida como “a arte de dirigir a performance simultânea de vários instrumentistas e/ou cantores pelo uso de gestos”. Os deveres primários do maestro são interpretar a partitura criada por um compositor de uma maneira que reflita as indicações específicas dentro daquela partitura, ajustar o andamento, assegurar entradas corretas por vários membros do conjunto, e “moldar” o fraseado, quando apropriado.

Para transmitir suas ideias e interpretações, os maestros se comunicam com seus músicos principalmente por meio de gestos manuais. Normalmente, embora não invariavelmente, utilizam o auxílio de uma batuta, e podem usar outros gestos ou sinais, como contato visual com músicoss relevantes. As instruções de um regente serão quase sempre complementadas ou reforçadas por instruções verbais ou sugestões para seus músicos, no ensaio antes de uma apresentação.

TÉCNICA

Reger requer uma compreensão dos elementos da expressão musical (tempo , dinâmica, articulação e textura, dentre outros) e a capacidade de comunicá-los efetivamente a um conjunto. A capacidade de comunicar nuances de fraseado e expressão através de gestos também é benéfica. Os gestos de regência são preferencialmente preparados de antemão pelo maestro, enquanto estuda a partitura, mas às vezes podem ser espontâneos.

O elemento técnico essencial na regência é um impulso realizado, em geral, um tempo antes da música começar ou terminar. Serve para dar clareza às diversas entradas, cortes, saídas de fermatas, acentuações, dentre outras aplicações.

Algumas vezes é feita uma distinção entre a regência orquestral e a regência coral. Normalmente, os regentes orquestrais usam uma batuta com mais frequência do que os regentes de corais. Como muitos músicos de uma grande orquestra ficam muito distantes do regente a batuta melhora a visibilidade dos gestos. Entretanto, muitos regentes de orquestra se notabilizaram por não utilizar batutas.

MOMENTO INICIAL

No início de uma peça de música, o maestro levanta as mãos (ou mão, se ele usar apenas uma mão) para indicar que a peça está prestes a começar. Esse é um sinal para os membros da orquestra prepararem seus instrumentos para serem tocados ou para os coristas estarem prontos e atentos. O maestro olha então para as diferentes seções da orquestra (sopros, cordas, etc.) ou coral para garantir que todos os membros estejam prontos para tocar e cantar. Um movimento dos braços do regente (impulso), equivalente a uma inspiração na respiração, indica o momento do início da performance pelo grupo.

DINÂMICA

A dinâmica é indicada de várias maneiras. Pode ser comunicada pelo tamanho dos movimentos de regência, formas maiores representando sons mais fortes. Alterações na dinâmica podem ser sinalizadas com a mão que não está sendo usada para indicar a marcação do compasso: um movimento (geralmente) para cima indica um crescendo; um movimento descendente (geralmente na palma da mão) indica um diminuendo. Alterar o tamanho dos movimentos de regência, frequentemente resulta em mudanças no caráter da música, dependendo das circunstâncias.

A dinâmica pode ser ajustada usando vários gestos: mostrar a palma da mão para os músicos ou afastar-se deles pode demonstrar uma diminuição no volume. Para ajustar o equilíbrio geral dos vários instrumentos ou vozes, esses sinais podem ser combinados ou direcionados para uma seção ou músico em particular.

ENTRADAS

A indicação de entradas, quando um músico ou seção deve começar a tocar (muitas vezes depois de um longo período de pausa), é chamado de entrada. Um gesto sugestivo deve prever com precisão o momento exato do próximo ictus, de modo que todos os músicos ou cantores afetados pela sugestão possam começar a tocar simultaneamente.

A entrada é mais importante para casos em que um músico ou seção não está tocando há muito tempo. Também é útil no caso de um ponto de pedal, com músicos de cordas, quando uma seção estiver tocando o ponto do pedal por um longo período; uma sugestão é importante para indicar quando devem mudar para uma nova nota. A entrada é obtida “engajando” os músicos antes do início de sua performance (olhando para eles) e executando um gesto claro de preparação, geralmente direcionado para os músicos específicos.

OUTROS ELEMENTOS MUSICAIS

A articulação pode ser indicada pelo caráter do ictus, variando de curto e acentuado para staccato, a longo e fluido para legato. Muitos regentes mudam a tensão das mãos: músculos tensos e movimentos rígidos podem corresponder a marcato, enquanto mãos relaxadas e movimentos suaves podem corresponder a legato ou espressivo.

A frase pode ser indicada por arcos aéreos largos ou por um movimento suave da mão para frente ou para os lados. Uma nota mantida é frequentemente indicada por uma mão estendida com a palma para cima. O final de uma nota, chamado de corte, pode ser indicado por um movimento circular, o fechamento da palma da mão ou o aperto do dedo indicador e do polegar. Um corte é geralmente precedido por uma preparação e concluída com uma quietude completa.

Os maestros pretendem manter o contato visual com o conjunto o máximo possível, incentivando o contato visual e aumentando o diálogo entre os músicos/cantores e o maestro. Expressões faciais também podem ser importantes para demonstrar o caráter da música ou encorajar os músicos.

Em alguns casos, como onde houve pouco tempo de ensaio para preparar uma peça, um maestro pode indicar discretamente como os compassos serão marcados imediatamente antes do início do movimento, segurando os dedos na frente do peito (assim somente os músicos podem ver).

Orquestras Sinfônicas – conheça as melhores

No mundo todo há Orquestras Sinfônicas de altíssimo nível de qualidade e excelência na execução de sons de diversas escolas musicais. Recentemente, o tradicional selo britânico, Gramophone, começou a montar um ranking para classificar as melhores Orquestras Sinfônicas do mundo.

Nos critérios do ranking mundial está a qualidade individual dos músicos, a história da orquestra, a sonoridade das execuções, a qualidade da regência e dos arranjos realizados pelo grupo, entre outros fatores.

Orquestras dedicadas a executar apenas músicas de determinada escola – como orquestras clássicas ou exclusivamente contemporâneas – não foram consideradas para estar no ranking. Neste texto, você irá conhecer as melhores Orquestras Sinfônicas do mundo. Confira!

Royal Concertgebouw Orchestra – Holanda

Imagine uma orquestra com 120 anos de história, mas que tenha tido apenas 60 maestros ao longo de todo esse tempo. Essa é a Orquestra Sinfônica Real Holandesa, sediada em Amsterdã. Durante sua história, a Orquestra já realizou mais de 1000 apresentações em dezenas de países em todo o planeta. Os vídeos da RCO no YouTube também são um verdadeiro sucesso.

Orquestra Filarmônica de Berlim – Alemanha

Essa célebre Orquestra Sinfônica, fundada em 1882, possui uma história riquíssima e dezenas de prêmios internacionais em seu currículo. Resistindo às duas guerras mundiais vividas intensamente pela Alemanha, a Filarmônica de Berlim é referência em regência, qualidade sonora e habilidades musicais de seus integrantes.

Orquestra Filarmônica de Viena – Áustria

Terra natal de alguns dos maiores compositores de música clássica do mundo, a Áustria também é a sede da Orquestra Filarmônica de Viena, tradicional grupo de músicos, formado em 1842. Tradicionalmente, fazem o concerto de ano novo de Viena, desde 1941.

Um dos destaques dessa orquestra é o seu concorrido e intenso processo seletivo: para fazer parte dos integrantes da Filarmônica de Viena, o musicista pode passar por um processo de até 3 anos.

Orquestra Sinfônica de Londres – Grã-Bretanha

A Sinfônica de Londres tem mais de 100 anos de história, fundada em 1904. Além de também ter sobrevivido às Guerras Mundiais de forma ativa, a Orquestra é consagrada com a execução de trilhas sonoras de alguns dos filmes mais famosos do mundo: Indiana Jones, Harry Potter, Star Wars, entre outros.

Orquestra Sinfônica de Chicago – Estados Unidos

A melhor Orquestra Sinfônica posicionada fora do continente europeu fica nos Estados Unidos, em Chicago. Tradicionalíssima, a Sinfônica de Chicago se apresenta desde 1897, com a gravação de mais de 900 discos. Em seu line-up já passaram musicistas consagrados e maestros célebres, como Richard Strauss, John Williams, entre outros.

Orquestra Sinfônica da Rádio Bavária – Alemanha

Essa orquestra é a mais jovem das mencionadas até o momento, fundada em 1949. Outra peculiaridade dessa sinfônica é o fato de ser uma orquestra de rádio, e não de câmara. BRSO (sigla em alemão) também se apresenta ao vivo, mas seu trabalho principal é servir à emissora Bavaria.

Gostou? Acesse o site da Sociedade Artística Brasileira SABRA e conheça mais sobre música e arte.