Como é feita a classificação de vozes no coral?

O processo de hierarquia por meio de categorização sempre constituiu uma parte essencial de nosso progresso social, por causa de sua funcionalidade mensurável. A categorização vocal não foi exceção, mas dado que todas as vozes cantadas são únicas – o equivalente musical de impressões digitais – qualquer tentativa de ajustá-las ordenadamente em categorias deve gerar uma justificativa clara de como isso pode beneficiar a arte, bem como o intérprete.

História da classificação das vozes

Historicamente, vários modelos de classificação de voz foram desenvolvidos para acompanhar as demandas de um repertório rico e em constante expansão. Na ópera, por exemplo, a categoria mezzo-soprano surgiu em meados do século XVIII, tanto na Itália quanto na França, porque os compositores começaram a escrever trechos ornamentais mais elevados, o que impulsionou a tessitura vocal em geral; isso desencadeou a necessidade de diferenciar entre os cantores que poderiam sustentar essa tessitura e os que não podiam.

Essa necessidade também gerou um notável debate sobre a classificação, já que está registrado que certos cantores insistiram em manter seu rótulo de soprano, apesar de ter que pedir aos compositores e orquestras para emendar, ou transpor, a música de acordo com suas vozes mais graves.

O desenvolvimento do sistema de classificação de voz que se seguiu foi baseado em características “fisiológicas”, características de cada voz. Como: alcance, tessitura preferida, flexibilidade e volume.

Sistema Fach

Outro modelo de classificação é o sistema Fach, que agrupa papéis de características semelhantes (caráter e vocal) – isso está sujeito a ‘gostos’ sócio-temporais. A utilidade das muitas subcategorias do sistema Fach tem sido debatida, e aquelas que ainda estão em uso são, sem dúvida, consideradas mais úteis para cantores. No entanto, como todas as vozes existem em um ‘continuum’, outras subdivisões sempre podem ser propostas.

Atualmente, a classificação vocal desempenha um papel crucial no desenvolvimento e progresso dos cantores, seja para uma carreira solo ou como parte de um coro. Uma das principais razões para a importância da classificação é que, independente do repertório, o canto é basicamente o conforto vocal.

A identificação precisa do tipo de voz, juntamente com uma técnica vocal confiável. Isso permite que o cantor represente livremente um personagem ou se concentre em transmitir o significado da música.

A classificação pressupõe um grau de autoconhecimento vocal – não apenas do alcance, mas da tessitura mais confortável. Essa é uma distinção importante a ser feita, pois quanto mais treinada é uma voz, mais provável é que ela tenha se expandido ao alcance e, ainda assim, a tessitura central continuará.

Mas não importa quão impressionante sejam as características das vozes, elas não definem sua categoria. A principal distinção entre os tipos de voz é feita observando a tessitura preferida do cantor, sua flexibilidade e seu timbre vocal.

A questão da tessitura preferida também é importante no repertório coral, onde a escrita para cada tipo de voz requer a manutenção de uma tessitura em um registro particular, por longos períodos de tempo.

Sopranos com vozes mais pesadas podem não ser adequados para a seção de soprano em um coro, já que seu registro mais confortável está sob o segundo passaggio, no qual a maioria da música coral é escrita. Além disso, suas vozes podem não se misturar tão facilmente nesse registro.

Devemos pensar na evolução e no desenvolvimento da voz e da classificação de papéis como uma construção torcida e baseada nas necessidades, em vez de um sistema ordenado e bem pensado, como às vezes é apresentado. Isso encorajaria todos nós a pensar mais criativamente sobre nossas próprias capacidades vocais, e aceitar o fato de que algumas vozes se encaixam mais nitidamente em categorias do que outras.

Como cada voz é específica do indivíduo, qualquer categorização sistemática de tipos de voz gerará inevitavelmente elementos excepcionais. Se a arte deve ser servida, então precisamos ter a mente aberta sobre a maneira pela qual essas exceções podem ser incluídas e ouvidas.

Filmes musicais para ver agora!

Nada faz você se sentir tão bem quanto um musical. O canto, a dança e o absurdo de entrar na música em momentos completamente aleatórios nos deixam viciados. Reunimos nesta lista, alguns dos melhores filmes musicais que você precisa ver em algum momento da sua vida – preferencialmente agora!

De clássicos dos anos 50, como Cantando na Chuva, a obras primas modernas, como La La Land, esses 12 filmes são apenas alguns dos musicais mais icônicos de todos os tempos. Prepare a pipoca, aqueça a voz e vamos lá!

O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939)

Sinopse

Quando um tornado atravessa o Kansas, Dorothy e seu cachorro, Toto, são levados para a terra mágica de Oz, onde encontram um Espantalho que precisa de um cérebro, um Homem de Lata sem coração e um Leão Covarde que precisa de coragem.

Estrelando

Judy Garland, Ray Bolger, Jack Haley, Bert Lahr, Frank Morgan, Billie Burke e Margaret Hamilton.

Canções inesquecíveis

“The Wizard of Oz”, “Over the Rainbow”, “If I Only Had a Brain” e “We’re Off to See the Wizard.”

Cantando na Chuva (Singing in the Rain, 1952)

Sinopse

Com a transição do cinema mudo para o cinema falado, a estrela de Hollywood, Don LockWood, precisa filmar um musical com uma colega de cena não tão talentosa assim. Com a ajuda da carismática Kathy, ele tentará manter-se como a maior estrela dos cinemas.

Estrelando

Gene Kelly, Debbie Reynolds, Donald O’Connor e Jean Hagen.

Canções inesquecíveis

“Singing in the Rain”, “Good Morning” e “Moses Supposes”.

O Show deve continuar (All that Jazz, 1979)

Sinopse

Joe Gideon é um diretor de teatro e coreógrafo tentando equilibrar a encenação de seu último musical da Broadway com a edição de um filme de Hollywood que ele dirigiu. Sua família tenta afastá-lo da beira do abismo, mas é tarde demais para seu corpo exausto e seu coração devastado pelo estresse. Em sua imaginação, ele flerta com um anjo da morte chamado Angelique.

Estrelando

Roy Scheider e Jessica Lange.

Canções inesquecíveis

“All That Jazz”, “After You’ve Gone” e “Bye Bye Love”.

A Noviça Rebelde (The Sound of Music, 1965)

Sinopse

Maria é uma jovem austríaca de espírito livre que estuda para se tornar freira na Abadia de Nonnberg em Salzburgoe. Seu amor pela música e pelas montanhas, seu entusiasmo juvenil e imaginação, e sua falta de disciplina causam alguma preocupação entre as freiras. Acreditando que Maria seria mais feliz fora da abadia, ela é enviada para a casa do oficial aposentado, capitão Georg von Trapp, para ser governanta de seus sete filhos .

Estrelando

Julie Andrews and Christopher Plummer.

Canções inesquecíveis

“The Sound of Music”, “Maria”, “My Favorite Things”, “Do-Re-Mi”, “Edelweiss” e “Sixteen Going on Seventeen”.

Grease, nos tempos da brilhantina (Grease, 1978)

Sinopse

Em um dos maiores musicais teen de todos os tempos, a boa garota Sandy e o bad boy Danny se apaixonam durante as férias de verão, mas não conseguem ficar juntos! Ela é pura demais para ser uma “Pinky”, enquanto Danny e os “T-Birds” estão mais interessados em curtir a vida. A Fox trouxe Grease para as telas de TV com o Grease Live!, em 2016, e foi um enorme sucesso.

Estrelando

Olivia Newton-John, John Travolta e Stockard Channing.

Canções inesquecíveis

“Grease”, “Summer Nights”, “Hopelessly Devoted to You”, “You’re the One that I Want”, “Beauty School Dropout”, “Greased Lightnin'”, “Look at Me I’m Sandra Dee” e “Sandy”.

Moulin Rouge! Amor em vermelho (Moulin Rouge, 2001)

Sinopse

Um jovem inglês, na Paris de 1899, se apaixona por Satine, uma cantora do Moulin Rouge. No entanto, ela foi prometida pelo gerente a um duque em troca de financiar sua próxima produção. Enquanto os jovens amantes se encontram em segredo, o dia do casamento de Satine se aproxima, mas ela esconde um segredo fatal de Christian e do Duque.

Estrelando

Nicole Kidman e Ewan McGregor.

Canções inesquecíveis

“One Day I’ll Fly Away,” “El Tango de Roxanne”, “Sparkling Diamonds”, “Because We Can”, “Diamonds are a Girl’s Best Friend” e “Lady Marmalade”.

Cabaret, 1972

Sinopse

Em Berlim, 1931, a cantora norte-americana de cabaré, Sally Bowles, conhece o acadêmico britânico, Brian Roberts, que está concluindo seus estudos universitários. Apesar da confusão de Brian sobre sua sexualidade, os dois se tornam amantes, mas a chegada do rico e decadente playboy, Maximilian von Heune, complica as coisas para os dois.

Estrelando

Liza Minelli, Michael York e Joey Grey.

Canções inesquecíveis

“Willkommen”, “Mein Herr”, “Maybe This Time”, “Money, Money”, e “Cabaret”.

Chicago, 2002

Sinopse

A sensação da noite, Velma Kelly, é acusada de assassinar seu marido e o advogado mais esperto de Chicago, Billy Flynn, deve defendê-la. Mas quando Roxie Hart também acaba na prisão, Billy assume seu caso – transformando-as em um circo de manchetes da mídia.

Estrelando

Catherine Zeta-Jones, Renée Zellweiger e Richard Gere.

Canções inesquecíveis

“All That Jazz”, “Cell Block Tango”, “When You’re Good to Mama”, “We Both Reached for the Gun,” “Roxie” e “Razzle Dazzle”.

Os Miseráveis (Les Misérables, 2012)

Sinopse

Depois de 19 anos como prisioneiro, Jean Valjean é libertado por Javert, o oficial encarregado da força de trabalho da prisão. Valjean interrompe a liberdade condicional, mas se reinventa como prefeito e dono de uma fábrica. Oito anos depois, Valjean torna-se o guardião de uma criança chamada Cosette, após a morte de sua mãe, mas a busca incansável de Javert significa que a paz demorará a chegar.

Estrelando

Hugh Jackman, Anne Hathaway, Russell Crowe, Amanda Seyfried, Sacha Baron Cohen, Eddie Redmayne e Helena Bonham Carter.

Canções inesquecíveis

“I Dreamed a Dream”, “Castle on a Cloud”, “On My Own e “Do You Hear the People Sing”.

La La Land – Cantando Estações (La La Land, 2016)

Sinopse

Sebastian e Mia são atraídos pelo desejo comum de fazer o que amam: a arte. Mas, à medida que o sucesso aumenta, eles se deparam com decisões que começam a desgastar seu relacionamento e os sonhos, que eles trabalharam tão duramente para alcançar.

Estrelando

Emma Stone, Ryan Gosling e John Legend.

Canções inesquecíveis

“City of Stars”, “Audition (The Fools Who Dream)” e “Another Day of Sun”.

Mamma Mia!, 2008

Sinopse

Donna, uma hoteleira independente das ilhas gregas, está se preparando para o casamento de sua filha. Enquanto isso, Sophie, a noiva, tem um plano: ela secretamente convida três homens do passado de sua mãe na esperança de encontrar seu verdadeiro pai e levá-lo para acompanhá-la até o altar em seu grande dia.

Estrelando

Meryl Streep, Amanda Seyfried, Pierce Brosnan, Colin Firth, Stellan Skarsgard, Christine Baranski e Julie Walters.

Canções inesquecíveis:

“The Winner Takes It All”, “Mamma Mia”, “Money, Money, Money”, “Honey, Honey”, “Take a Chance on Me” e “Dancing Queen”.

O Rei do Show (The Greatest Showman, 2017)

Sinopse

Inspirado na história real de PT Barnum, O Rei do Show é um musical original que celebra o nascimento do show business e fala de um visionário que surgiu do nada para criar um espetáculo que se tornou uma sensação mundial.

Estrelando

Hugh Jackman, Zac Efron, Zendaya, Michelle Williams, Rebecca Ferguson e Keala Settle.

Canções inesquecíveis

“The Greastest Show”, “Rewrite the Stars”, “A Million Dreams”, “The Other Side” e “This is Me”.

Textos fundamentais


Se você gostou deste post:

– SIGA as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no X e no YouTube!

– CONHEÇA o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– ENTRE EM CONTATO com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– COMPARTILHE este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

– Os projetos da @sabrabrasil são realizados com o patrocínio máster: @institutounimedbh, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores via Lei de Incentivo à Cultura – @culturagovbr

Coral no Brasil – como e quando surgiu o primeiro?

O canto é uma das expressões artísticas mais nobres, impressionantes e encantadoras expressadas pela humanidade. A reunião de cantores com diversos timbres e alcances vocais forma um coral, um grupo de artistas que consegue expressar grandes sentimentos através da música. Você sabe como e quando surgiu o primeiro coral do Brasil?

Leia este texto até o fim e conheça um pouco mais sobre a história da nossa música. Confira!

A cultura dos corais

Antes que surgisse formalmente um coral com atividade permanente e regular no país, no século XIX já havia algumas experiências de corais no Brasil, mas com pouca duração ou atuação regular. Estas iniciativas se deram principalmente em igrejas católicas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, ou seja, manifestações de canto todas baseadas em arte sacra com pequenos grupos de músicos contratados por evento ou temporada.

O primeiro coral efetivamente ativo que surgiu no país foi fruto da Semana de Arte Moderna de 1922, que ficou marcada na história do país, em um momento em que os artistas brasileiros começaram a negar manifestações vindas do exterior, principalmente da Europa, para valorizar a cultura e os dotes artísticos nacionais.

O Coral Paulistano

Nesse contexto e sentido, nasceu, em 1936, o Coral Paulistano, que hoje leva o nome de seu fundador: Mário de Andrade. O continente europeu, e até mesmo a América do Norte, já contavam com corais há décadas antes, enquanto o Brasil ainda tinha poucas representações de arte erudita. Vale lembrar que quase todas essas representações eram voltadas à Ópera Francesa e à música de câmara consumida pelas elites econômicas e políticas do eixo que governava o país.

Na época, a ideia de Mário de Andrade, então diretor do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, era levar representantes dos movimentos nacionalistas de música para dentro do consagrado palco do Theatro Municipal, até então repleto apenas com manifestações artísticas de cunho europeu.

Entretanto, a ideia do Coral Paulistano não era copiar o estilo de música europeu e traduzi-lo para o português brasileiro. O conceito do coral da cidade de São Paulo era realizar profundas pesquisas culturais sobre as manifestações populares de música brasileira, para que, então, pudesse ser adaptada para o formato de Canto Coral.

Ainda em 1936, para trabalhar em conjunto com o Coral Paulistano, também foi fundada a Sociedade de Etnografia e Folclore, que realizava pesquisas, estudos, eventos e congressos na área, valorizando a cultura nacional e aproximando as manifestações artísticas das regiões Norte e Nordeste do país para o Sudeste.

Repercussão e legado

O Coral Paulistano se apresenta até hoje de maneira regular, tendo como casa sede o Theatro Municipal de São Paulo. A iniciativa incentivou o surgimento de outros corais, como a Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro (1941), o Madrigal Renascentista (1956) em Belo Horizonte,  o Coral Ars Nova (1959), o Coral Julia Pardini (1960), o Coral da Universidade de São Paulo (1967), entre outros grupos de música de canto coral, deixando um inestimável legado artístico para a cultura nacional.

Conheça o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

Teatro musical – curiosidades

O teatro é conhecido em grande medida pela sua natureza de arte dramática. Talvez por isso quando essa forma de espetáculo vem à nossa mente não costumamos associá-la de forma expressiva à música. Mas você já ouviu falar no teatro musical? Uma definição muito breve é que o teatro musical une a arte dramática a canções e dança. Hoje esse é o gênero característico da Broadway.

Essa forma de arte é derivada da ópera, que já era uma forma de drama encenado com música. E se quando falamos de musical o cinema vem a sua mente, é porque falamos do mesmo gênero em meios diferentes. Embora as raízes do teatro musical datem do século XVIII, é apenas no século XIX que a sua expressão toma a forma contemporânea. Confira abaixo 4 curiosidades sobre o teatro musical.

1. No Brasil era “Teatro de Revista

Seguramente você já viu ou ouviu a expressão Teatro de Revista. Era assim que os musicais eram chamados no Brasil. O gênero chegou ao país ainda no século XIX e ganhou uma identidade própria. Grandes talentos foram revelados em nossos palcos. Um grande exemplo é a luso-brasileira Carmen Miranda. Também saíram desse meio as vedetes como Dercy Gonçalves e Luz Del Fuego. Entre os compositores que trabalharam no Teatro de Revista temos nomes de peso como Noel Rosa e Dorival Caymmi.

2. My Fair Lady, primeira adaptação no Brasil

A partir dos anos 60 o teatro de revista deu lugar ao musical inspirado pela Broadway. A primeira adaptação a ser trazida para nossas terras foi My Fair Lady. Conhecido também como Minha bela dama, ou Minha pequena dama. A produção trouxe Bibi Ferreira e Paulo Autran nos papéis principais. Vale lembrar que nos Estados Unidos o mesmo musical foi levado ao cinema em 1964, com Audrey Hepburn no papel principal. O filme foi dirigido por George Cuckor, que dentro do gênero deu vida a mais dois clássicos: Nasce uma estrela e O Mágico de Oz. Ambos com a estrela Judy Garland.

3. Os músicos na Broadway: sem partitura e sem nepotismo

Hoje a Broadway, cadeia de pelo menos 40 teatros localizados em Nova York, é sinônimo de musical. Pois saiba que os instrumentistas que lá trabalham rendem algumas curiosidades. Primeiro, que se algum deles tocar mais do que um instrumento por show, receberá um extra. Mas nada de levar partituras para casa. Especialmente em peças inéditas. Ao final de cada espetáculo as partituras devem ser recolhidas por um profissional.

Além disso, é vetada a presença de parentes na orquestra. A razão não é muito diferente daquela pelo qual a prática é condenada na política. Acontece que certos teatros pedem um número mínimo de músicos. E nem sempre o espetáculo vai precisar de tantos instrumentistas. Isso significa que algumas pessoas ficarão sem o que fazer. É para evitar uma situação de fraude nesse caso que os parentes são proibidos.

4. Gatos

Esse musical é fruto do compositor Andrew Lloyd Webber, um dos grandes nomes do teatro musical. Cats foi o quarto show a ficar mais tempo em cartaz na Broadway. Até 2006 era o mais antigo espetáculo da casa, sendo superado apenas por outra obra de seu autor: O fantasma da ópera. Traduzido para mais de 20 línguas, Cats estreou em Londres em 1981 e por muito tempo foi sinônimo de teatro musical. A obra foi inspirada por poemas do escritor T.S Eliot.

O curioso é que esses poemas escritos nos anos 20 ficaram esquecidos por longo tempo entre os pertences dos afilhados de Eliot. Os textos haviam sido feitos como presentes para as crianças e foram publicados apenas com estes já adultos. O autor não chegou a ver o musical em vida, mas sua viúva, Esme Valerie Eliot, se encantou pela prévia de Webber. Terminou presenteando o teatrólogo com um poema inacabado. “Grizabella: the glamour cat” foi usado pelo compositor para a marcante abertura do espetáculo.

Quais ferramentas podem ser utilizadas no processo de inclusão social?

 

Se você gostou deste post:

– SIGA as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn, no X e no YouTube!

– CONHEÇA o trabalho da Sociedade Artística Brasileira (SABRA) e todas as iniciativas culturais e sociais que ela mantém. Acesse nosso site!

– ENTRE EM CONTATO com a gente. E veja quais são as opções de ajuda na manutenção de nossas ações sociais e culturais. Basta acessar nossa página Doe Agora!

– COMPARTILHE este texto nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto!

– Os projetos da @sabrabrasil são realizados com o patrocínio máster: @institutounimedbh, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores via Lei de Incentivo à Cultura – @culturagovbr

Afinal: o que é cultura?

Quando se fala de cultura, temos a tendência de relacionar esse conceito com alguma forma de erudição. Como se conhecimento acadêmico ou artístico fosse sinônimo de cultura. O problema desse pensamento é que além de elitista, ele tende a reduzir o conceito a uma definição simplista. É uma linha de pensamento que está na base, por exemplo, do preconceito à cultura popular. Como se essa fosse naturalmente inferior às outras manifestações do gênero.

O que dizem os estudiosos

Para os antropólogos, a cultura é um todo complexo que envolve não apenas a arte e nossos conhecimentos, mas também nossos costumes morais e leis. Nesse sentido, esse todo completo também inclui nossos hábitos enquanto grupo humano. É aquilo que fica explícito, por exemplo, quando comparamos os costumes ocidentais e orientais. Admitindo, é claro, que colocar todo o oriente e todo o ocidente em uma única categoria é um ato de generalização. O que funciona, no entanto, como exemplo de rápida assimilação.

Retomando o raciocínio, cultura e costumes se entrelaçam. É por isso que alguns autores creem que a cultura é condicionante de nossa visão de mundo. Funcionando como uma lente por onde enxergamos e interpretamos aquilo que há ao nosso redor. Mas é importante apontar que o nosso modo de ver não é superior ou mais acertado do que outros modos. Porque as interpretações de mundo que nos parecem estranhas, também são cultura. Em um planeta com mais de 7 bilhões de habitantes a diversidade é a palavra de ordem.

Toda cultura possui sua lógica interna. Não podemos impor aquilo que conhecemos à outra cultura. E isso porque ela vai funcionar de acordo com as suas próprias regras. Não é admissível hoje agir como os colonizadores europeus de antigamente, que hierarquizavam as culturas para justificar o seu domínio. É preciso que a diferença seja vista dentro desse escopo da alteridade, e não como uma análise qualitativa. Valorizemos as características próprias das diferentes visões de mundo, pois não há um modo de viver superior a outro.

O fenômeno da globalização

Com a globalização todos estamos expostos às chamadas culturas dominantes. Que por vezes impõem o seu modo de vida sobre sociedades com visões de mundo diferentes das suas. Mas ao mesmo tempo, se utilizarmos esse fenômeno de forma positiva, teremos acesso à diversidade como nunca antes. É preciso utilizar essa oportunidade para aprender sobre a diferença e exercitar a tolerância.

Também devemos reconhecer que todo sistema cultural está em mudança. Em alguns casos o processo é mais lento e em outros mais rápido. O que vale é que nada no campo cultural está estático. É importante ter isso em vista para não transformarmos nosso modo de viver em um dogma, uma das maiores fontes de preconceito e intolerância.

Conclusão

A cultura é um conceito muito amplo, e não se resume à erudição e ao estudo. Todos os aspectos da nossa existência vão ser perpassados por esse elemento. E não podemos menosprezar ou diminuir nenhuma visão de mundo, seja as que existem na nossa proximidade imediata ou em sociedades longínquas. Pois mais do que um conceito, a cultura é um elemento que faz parte da vida em sociedade. Seja essa como for. Pode não ser fácil resumir a cultura em uma única frase. Mas compreender a importância de respeitar sua variedade de manifestações, não é uma tarefa difícil, pois a diversidade inegavelmente faz parte da cultura.

Frases marcantes sobre cultura

O que é cultura? Certamente, esse é um dos conceitos mais difíceis de explicar o significado de forma sucinta, já que pode ter diversas acepções. Entretanto, todos sabem da sua importância em nosso cotidiano e para a felicidade do ser humano. Afinal de contas, quem não ama música? A educação musical, os filmes, costumes, danças, expressões e frases que o transformaram em quem você é? Os que hoje você ama?

Poderíamos simplesmente responder com a definição mais aceita dentro da Antropologia, formulada por Edward Taylor, de que cultura é o conjunto de arte, conhecimento, crenças, costumes, moral, lei e todos os outros hábitos e capacidades – o que inclui a língua – adquiridos pela pessoa conforme ela vive em sociedade.

Mas, ainda assim, não parece o bastante. Por isso, separamos uma lista de 7 frases marcantes sobre cultura que refletem o que elas significam para alguns dos muitos de seus criadores.

Porém, lembre-se: você também é um deles. Sua vivência constrói um novo pedaço da cultura da sociedade em que você vive, sabia? E se envolver com música é construir ainda mais. Precisa de um empurrãozinho? Confira essas frases que irão lhe inspirar:

7 frases marcantes sobre cultura

”A cultura está acima da diferença da condição social.”Confúcio

“Sem cultura, e a liberdade relativa que ela implica, sociedade, ainda que perfeita, nada mais é do que uma selva. É por isso que qualquer criação autêntica é um presente para o futuro.”Albert Camus

”A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem.”José Ortega y Gasset

”A cultura, sob todas as formas de arte, de amor e de pensamento, através dos séculos, capacitou o homem a ser menos escravizado.”André Malraux

”A grande lei da cultura é esta: deixar que cada um se torne tudo aquilo para que foi criado capaz de ser.”Thomas Carlyle

”A música oferece à alma uma verdadeira cultura íntima e deve fazer parte da educação do povo.”François Guizot

”Ainda que não seja possível nos comunicarmos através de uma única língua, em vez disso, fazemo-lo através da música.”Jong Hyun

Manter vivo nosso acervo musical é cultura. Oferecer a oportunidade de aprender essa língua universal de forma gratuita, é auxiliar a produzir cultura. Soltar a sua voz, sem medo ou inseguranças, é ser um produtor cultural!

Como você pôde perceber pelas frases, cada vez que passamos adiante nossos costumes e conhecimentos, cada vez que nos permitimos criar, tornamo-nos mais humanos, mais livres, felizes e capazes de mais. Nós potencializamos nossas capacidades e a de nossa comunidade. Ao valorizarmos e respeitarmos a nossa cultura e a do outro, nós nos tornamos mais fortes.

E você? O que diria sobre cultura?