A importância da arquivologia para o patrimônio musical

Quando falamos em cultura brasileira, a música é certamente um dos elementos centrais e mais importantes. São tantas vertentes e composições, ajudando também a retratar diversos componentes sociais e, desta forma, podemos cravar que o patrimônio musical é um dos maiores bens que possuímos.

E temos certeza de que, mundo afora, isso também acontece. A música ultrapassa gerações, formata relações sociais, embala momentos históricos em todo o planeta, em todas as eras. Por exemplo: como explicar o fato de termos contato com o que chamamos de “música medieval”? Algo que foi criado e composto há séculos e, ainda hoje, está em nossa rotina.

Mas isso, provavelmente, não seria possível sem o processo de arquivologia. Por isso, nosso principal objetivo a seguir é mostrar a importância deste elemento no patrimônio musical.

Importância da arquivologia para o patrimônio musical

Como dissemos, toda a história da música só se perpetua e segue sendo ouvida e estudada por conta de processos de arquivologia. Desde os modelos mais antigos, como manuscritos com anotações musicais deixadas ao longo de séculos, chegando até os formatos de arquivo mais recentes e “fáceis” de encontrar, como discos gravados e outros.

Esta arquivologia foi criada por diversos músicos e historiadores ao longo dos séculos, com catalogação de obras musicais e seus nomes, listas de compositores de cada vertente, tudo mesmo sem a tecnologia presente nos dias de hoje.

Isso foi muito importante para que pudéssemos ter as noções sobre as bases do patrimônio musical. Afinal, com estes arquivos, foi possível concluir linhas do tempo sobre a música, perceber influências de cada geração para geração de compositores, cantores etc.

Sendo assim, a arquivologia é, basicamente, a responsável pela conservação de todo o patrimônio musical, ao mesmo tempo que também engloba uma linha histórica sobre os caminhos que a música tomou, o que ajuda bastante na continuidade da história desta arte.

Por isso, é importante ressaltar que a arquivologia musical é bastante distinta do que vemos sobre este tema relacionado a arquivos de empresas, que acabam copilando informações para análises e para guardar eventuais registros que possam ser usados em diversas frentes.

História da Música

Aqui, falamos sobre processos históricos de uma arte que se modifica a cada momento, com aparecimento de tendências, movimentos culturais que a alteram, ciclos que vão e voltam, trazendo determinados elementos técnicos (arranjos, uso de instrumentos) renovados.

A arquivologia, portanto, ocupa este papel de manter a luz, para o mundo, do que é o patrimônio musical. Isso permite que toda a sociedade permaneça conhecedora deste processo e o insira em suas práticas. Afinal, quantos fatos históricos não tem a música como pano de fundo? Quantas obras não são baseadas nisso?

Provavelmente, sem a arquivologia, seja no Brasil ou no mundo, esta história seria menos rica. Portanto, é preciso ressaltar a importância de todos os historiadores e grupos que, por anos, se preocuparam em produzir conhecimento científico sobre música, documentando e arquivando estes elementos.

Isso é o que permite que hoje, no século XXI, tenhamos um patrimônio tão rico e completo, que ainda influencia jovens artistas e ainda é tema de debates em academias de estudo, escolas e outros locais. A música se transforma, mas o que não muda é o fato de que ela é um elemento histórico fundamental para todas as sociedades.

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O valor do patrimônio cultural para memória e identidade do povo

Podemos classificar como patrimônio cultural tudo aquilo que nos permite resgatar a história e as raízes de um povo, grupo social e até mesmo uma nação, seja de forma material, como obras de artes, parques naturais e sítios arqueológicos, ou imaterial, como festividades e cultos religiosos.

A seguir, entenda melhor o que é patrimônio cultural e o seu valor na preservação da memória e identidade de um povo:

O que é patrimônio cultural

A palavra patrimônio vem do latim pater, e se refere a tudo aquilo que um pai deixa para um filho, desde bens e riquezas, até objetos simplórios, mas de grande valor emocional.

Quando falamos de patrimônio no sentido coletivo, nos referindo a uma sociedade, de acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o patrimônio cultural de um povo é composto pelo conjunto de saberes, fazeres, expressões, e práticas que remetem à história, a memória e a identidade de um povo.

Já de acordo com o artigo 216.º da Constituição Federal do Brasil de 1988, o patrimônio cultural representa “os bens, de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”.

Em resumo, patrimônio cultural é tudo que define uma sociedade quanto às suas características, costumes e comportamentos e que, quando devidamente preservados, entregam ao povo o representativo de sua identidade, história e cultura. É tudo aquilo que nos remete às riquezas simbólicas e tecnológicas deixadas para nós pelos grupos humanos que nos antecederam, seja de natureza material ou imaterial.

Exemplos de patrimônio cultural

Um elemento cultural se torna um patrimônio histórico quando algum órgão ou entidade especializado no assunto encontra nele as características necessárias para tal e, a partir daí, passam a considerá-lo tombado como patrimônio.

Patrimônios históricos culturais são agrupados de acordo com sua natureza material ou imaterial:

Patrimônio histórico cultural material

Patrimônios culturais de natureza material vão desde obras de arte, como pinturas, esculturas, monumentos e até prédios e cidades com seus conjuntos arquitetônicos, além de sítios arqueológicos e parques naturais.

Resumindo, é tudo que existe materialmente e tem valor histórico para a preservação cultural.

Patrimônio histórico cultural imaterial

São exemplos de patrimônio cultural imaterial elementos como idiomas, dialetos e outras formas de expressão, ditos e lendas populares, culinária, festas populares e rituais religiosos. São elementos que não dependem da existência material para serem considerados patrimônio.

A importância do patrimônio cultural para a memória e identidade do povo

Para entender o surgimento, o desenvolvimento e o comportamento de um grupo social, de uma cidade ou até mesmo de um país, é preciso conhecer sua história, compreender seu passado e entender os detalhes que a transformaram no que ele é hoje.

Dessa forma, o patrimônio cultural contribui para o resgate das raízes socioculturais de um povo, permitindo que este mesmo povo possa compreender de onde vêm, suas memórias e identidade de forma coletiva.

Além disso, quando analisamos a questão do ponto de vista individual, fica claro que, cada pessoa é altamente influenciada pela cultura em que está inserida. Sendo assim, o patrimônio histórico cultural, tanto de natureza material como imaterial, oferece a cada um de nós, individualmente, a oportunidade de compreendermos como o meio em que estamos inseridos nos molda e nos faz ser quem somos.

Por fim, a valorização do patrimônio cultural é uma das principais formas de manter viva a história e a memória de todos os povos que contribuíram e contribuem para a existência do Brasil e do mundo que conhecemos hoje.

Patrimônio cultural – Preservação


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Educação patrimonial

A educação patrimonial, além de criar um enriquecimento cultural pessoal e coletivo, traz uma série de outros fatores vantajosos para crianças e adolescentes que, muitas vezes, não têm acesso às experiências que envolvem o patrimônio nacional.

A partir da experiência sensorial e da dialética presente em projetos de educação patrimonial, essas crianças e adolescentes ganham um maior entendimento sobre as manifestações e heranças culturais, o que gera um maior enriquecimento histórico e cultural.

Como ter uma educação patrimonial?

Um dos exemplos é a comunidade escolar.

Envolvendo as escolas em projetos de educação patrimonial, automaticamente, os estudantes terão mais contato com os serviços e cenários que fazem parte da herança cultural presente à sua volta.

Eles também começarão a desenvolver um conhecimento crítico e analítico em relação às manifestações culturais presentes ao longo da história e a importância de cada uma delas em nossa construção enquanto sociedade.

Também é importante levar em conta que inclusão, pluralidade e senso de comunidade entram em cena para as pessoas que participam desse tipo de educação, que visa estabelecer programas inclusivos e plurais: todos têm a oportunidade de desenvolver o conhecimento e admiração pela cultura.

Objetivos da educação patrimonial

Agora que você já sabe o que é educação patrimonial, entenda os objetivos que fazem esse tipo de educação ser um ótimo método de enriquecimento histórico, artístico, musical e social.

A educação patrimonial é a “alfabetização cultural”, ou seja, seu principal objetivo é possibilitar ao indivíduo que ele reconheça, entenda e aprecie o modo como o mundo ao seu redor funcionava e funciona.

Outro objetivo é o estímulo da comunicação entre comunidades e órgãos que cuidam desses bens, facilitando a integração e conscientizando as comunidades sobre a preservação desses materiais.

Mas um dos maiores objetivos da educação patrimonial está no acesso da arte e da cultura, promovendo:

– A integração de jovens em diferentes projetos artísticos e culturais do mercado de trabalho;

– Apoio às crianças, adolescentes, jovens e famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade, auxiliando na construção de seu próprio futuro e autonomia, o que leva ainda ao desenvolvimento de um ambiente familiar e comunitário protetor;

– A possibilidade de desenvolvimento pessoal e profissional a estes jovens: aprendizado, autoconfiança, responsabilidade profissional e pessoal e, principalmente, a promoção do protagonismo, da participação cidadã, além da mediação do acesso ao mundo do trabalho.

É muito importante que jovens sejam conscientizados e, consequentemente, criem um sentimento de pertencimento. A partir do reconhecimento do patrimônio cultural, os jovens poderão entender a importância da preservação desses bens nacionais, aprimorar o conhecimento crítico, além de também fortalecer o apreço pela identidade do país e pela manutenção da cidadania.

Benefícios

Ao proporcionar experiências divertidas e curiosas em grupo, conscientizar a respeito da preservação de bens históricos, aumentar o conhecimento crítico, fortalecer o sentimento de identidade nacional e de cidadania, promover a inclusão e o acesso à arte, esse tipo de educação também constrói novos olhares em relação às questões políticas, educacionais e socioeconômicas do país.

Os objetivos propostos pela educação patrimonial são cumpridos da melhor forma quando se promove experiências que incentivam o acesso livre à cultura para diferentes grupos da sociedade. É um meio de educação inclusivo e plural que proporciona a consciência histórica e o despertar individual para apoiar diferentes organizações, projetos e trabalhos culturais.

CULTURAL X ARTÍSTICO


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Desafios para preservação do patrimônio material

Sejam monumentos, praças, igrejas, casarões, mobiliários, peças de arte, etc. se fazem parte do patrimônio material do Brasil, precisam ser preservados e cuidados para que as próximas gerações também possam usufruir e entender o significado que tiveram para cada época. No entanto, preservar o patrimônio material possui desafios que precisam ser enfrentados. Neste artigo, discutiremos justamente sobre essas dificuldades.

Qual a importância de preservar o patrimônio material?

Antes de responder a essa pergunta, vamos primeiramente, e de forma rápida, entender o que é o patrimônio material.

Esse termo é utilizado para se referir ao conjunto de bens tangíveis, ou seja, materiais, que se revestem de importância histórica e cultural para o povo brasileiro em toda sua diversidade. Assim, são classificados como patrimônio material bens de alguns grupos distintos. São eles:

– Arqueológico
– Paisagístico e etnográfico
– Histórico
– Belas artes e artes aplicadas.

Dentro desses grupos encontram-se por exemplo:

– Solar e Capela do Engenho do Colégio, em Campos dos Goytacazes-RJ
– Solar dos Airizes, em Campos dos Goytacazes-RJ
– Conjunto Moderno de Belo Horizonte
– A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em Ouro Preto
– As pinturas rupestres, em Santana do Riacho e em Matozinho, MG

Dessa maneira, o patrimônio material é parte importante da memória dos diversos grupos sociais e étnicos que compõem o povo brasileiro. Além disso, também participam da base da formação e da compreensão de nossa identidade, ou melhor dizendo, das nossas múltiplas identidades.

Com isso, ao se preservar esses patrimônios preserva-se também a história, a cultura e o modo de ser do brasileiro.

Os desafios para a preservação do patrimônio material

Em entrevista para o portal Nexos, o ex-presidente do Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Antônio Augusto Arantes, aponta o desinteresse político como uma das principais dificuldades enfrentadas para a preservação do patrimônio cultural, dentre eles os bens materiais.

Segundo Antônio Augusto, existem muitos casos de bens como praças, igrejas e outros locais que por falta de atenção do poder público acabam sendo depredados e vandalizados. São bens que uma vez perdidos não podem ser recuperados, pois se revestem de uma história e construção única.

Além das questões que envolvem a falta de interesse público, que acaba por sucatear a pequena estrutura estatal de preservação, muitos desses patrimônios também sofrem com a especulação e a expansão imobiliária.

Há alguns anos na cidade do Rio de Janeiro, houve uma luta ímpar pela preservação. Um grupo de indígenas e descendentes ocupavam o local no qual ficava uma antiga aldeia guarani. No entanto, sob forte ação policial foram retirados do local que deveria dar espaço a um estacionamento que serviria ao estádio do Maracanã.

Infelizmente, casos assim, se repetem em grande volume por todo o país, porém não são os únicos desafios para a preservação do patrimônio material. Outro empecilho que se coloca para esse objetivo é a falta de verbas e pessoal qualificado para o levantamento e análise do patrimônio existente no brasil e ainda não catalogado.

A diversidade étnica que formou a nação brasileira juntamente aos milhares de anos de ocupação das américas propicia uma grande, quase imensurável, riqueza de patrimônio material que vão desde artefatos da idade da pedra, até objetos e construções da era moderna.

Porém, grande parte desse acervo ainda não foi catalogada e muito se perde por desconhecimento.

Assim, podemos dizer que, apesar de outros, a ausência de trabalho especializado, o desinteresse do poder público e a força da expansão imobiliária são alguns dos graves desafios para a preservação do patrimônio material.

Patrimônio cultural – Preservação


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Como o patrimônio imaterial é conservado?

Embora o senso comum possa acreditar que a preservação de patrimônios históricos e culturais diga respeito somente a pinturas, vasos e outras peças de arte não é bem assim. Na verdade, grande parte do patrimônio cultural de um povo é o que se chama de imaterial. Com isso, é natural que surja a dúvida: mas então, como se preservar um patrimônio que não se pode tocar ou guardar? É justamente isso que tentaremos responder neste artigo.

O que é o patrimônio imaterial?

Antes de responder precisamos primeiramente entender que patrimônio cultural é tudo aquilo que se reveste de importância histórica, tradicional e artística para um determinado povo.

O patrimônio cultural expressa um valor único devido a sua ancestralidade. Pode ser tanto bens materiais, como vestimentas, peças de arte, quanto modos e técnicas de fabricação, danças, estilos musicais etc.

Assim, entendemos o patrimônio imaterial como tudo aquilo que se relaciona com o modo de vida, o fazer e a expressão de um determinado grupo social.

Sua importância reside no fato de fazerem parte da memória e da identidade do grupo ou povo e também por isso precisam e devem ser preservadas.

Além disso, existe uma lei federal que trata e classifica os patrimônios imateriais no Brasil, Decreto nº 3.551/2000 . De acordo com a lei, alguns patrimônios imateriais são:

– Saberes. Tanto ofícios, quanto modos de fazer.
– Celebrações. Rituais e festas, como por exemplo as quermesses.
– Expressões como manifestações literárias e musicais.
– Mercados, feiras, santuários etc, onde existam atuações culturais coletivas.

Então, como conservar o patrimônio imaterial

Para entendermos como se conserva e se preserva um patrimônio imaterial, primeiramente, precisamos compreender que, a princípio, ele é transmitido de geração a geração.

Por exemplo, a festa junina, todo ano quando chega a época, os pais e avós levam filhos e netos para apreciarem as comidas, participarem das brincadeiras, ou seja, para vivenciarem o evento.

Assim, quando os filhos e netos têm seus próprios filhos e netos, estes também são levados como na geração anterior.

No entanto, nem sempre esse movimento geracional é suficiente para garantir a sobrevivência e perpetuação de um patrimônio imaterial. Acontece com frequência de gerações não se interessarem em dar continuidade à tradição levando-a até mesmo a sumir.

Um exemplo disso é a Festa de Reis, que em algumas gerações passadas era comemorada em muitos locais ao longo de todo o país, mas que porém perdeu muito de sua força ao longo das últimas décadas, deixando de ser festejada em diversos locais.

Um outro exemplo, é a dança conhecida como jongo e que há poucas décadas esteve também a ponto de desaparecer quando pesquisadores e interessados fizeram um movimento de resgate e retomada da expressão tradicional dos afrodescendentes, resgatando a cultura e mantendo-a viva.

Nesse último exemplo, é possível observar a ação dos pesquisadores e dos agentes culturais e multiplicadores que se mobilizam para resgatar e revitalizar patrimônios imateriais.

Assim, podemos dizer que a conservação do patrimônio imaterial tanto acontece de forma orgânica, ou seja, passando naturalmente de geração a geração, como também de forma consciente quando pesquisadores e a sociedade mobilizada entendem a importância do patrimônio e se mobilizam para preservá-lo.

Patrimônio cultural – Preservação


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Partituras Musicais – Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro

O Patrimônio Arquivístico-Musical Mineiro (PAMM) consiste em uma série editorial feita pela Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais. Ela se destina à publicação de partituras de autores mineiros em domínio público e preservadas como fontes em acervos musicais do estado.

A iniciativa foi criada em parceria com o Instituto Cutlural Sergio Magnani em 2005 e beneficiada pela Lei de Incentivo à Cultura. Além disso, recebeu patrocínio da CEMIG, da COPASA, da FAPEMIG e aconteceu sob a coordenação musicológica de Paulo Castagna.

A seguir, mais detalhes sobre a PAMM serão comentados. Para saber tudo sobre a iniciativa, continue a leitura do arquivo.

Como foram realizadas as edições das partituras?

É possível afirmar que as edições da PAMM foram realizadas com base em trabalhos de campo nos acervos musicais de Minas Gerais, de São Paulo e do Rio de Janeiro. Além disso, também aconteceu um processo de seleção e edição das obras, bem como a redação dos textos, que foram produzidos por uma equipe de pesquisadores.

O resultado foram 42 composições musicais. Elas foram divididas entre os 6 volumes que integram a série em versão impressa. Cada um deles conta com textos, partituras e CDs – cujo conteúdo é a versão digital das partituras e das partes cavadas das obras.

Como foi feita a concepção editorial do projeto?

Em linhas gerais, a PAMM adota uma concepção mista em relação às suas coletâneas nacionais e às dedicadas às obras completas de autores. Ainda é possível afirmar que, do ponto de vista editorial, esta série é parte de iniciativas semelhantes que foram reunidas em coletâneas por meio do Archivo de Música Religiosa de la Capitania Geral das Minas Gerais (Siglo VIII) Brasil.

Entre as coletâneas surgidas a partir do Archivo, é possível destacar:

• Coleção Música Sacra Mineira;
• Obras de José Maurício Nunes García;
• Música do Brasil Colonial;
• Editorial Baluarte;
• Acervo da Música Brasileira;
• Música de Mariana;
• Criadores do Brasil;
• Coleção Ouro de Minas;
• Música Brasileira;

Como aconteceu a seleção das obras?

As fontes musicais e as obras que integram a PAMM foram selecionadas a partir de 30 acervos diferentes. Posteriormente, foram processadas e fotografadas pela equipe responsável pelo projeto. Então, começou a etapa de edição musical.

Para essa parte do projeto, foi adotada a mesma tendência da série Acervo da Música Brasileira (AMB). Assim, a localização e a descrição das fontes, bem como as devidas explicações sobre os critérios editoriais foram fornecidas.

Além disso, vale citar que as intervenções realizadas pelos editores também foram devidamente discriminadas através dos aparatos críticos necessários. Por fim, a PAMM adotou alguns critérios de aprofundamento que envolveu os aspectos a seguir:

• Disponibilização dos textos, partes vocais e partituras em CD;
• Edição bilíngue;
• Seleção de um repertório que não se restringe à época colonial;
• Inclusão de textos introdutórios;
• Prefácios feitos por musicólogos e historiadores;
• Introdução por especialistas internacionais;
• Consulta ao maior número possível de acervos e fontes;

Também vale mencionar que a equipe da PAMM seguiu como orientação básica a edição de partituras prontas para a execução musical. Entretanto, elas precisavam permitir uma visão precisa das decisões tomadas pelo projeto editorial e pelas fontes.

Partituras da Coleção Ouro de Minas

A Coleção Ouro de Minas é fruto do trabalho de pesquisa e edição do Maestro Márcio Miranda Pontes que contou com o patrocínio do Instituto Unimed-BH, Vallourec, Sicoob Credicom e Grupo Sada com recursos incentivado pelas Leis Federal e Estadual de MG de incentivo à cultura. As edições foram publicadas pela Editora Pontes e hoje, parte das obras (30), se encontram disponíveis gratuitamente no site da Sabra no formato PDF – partituras e parte cavadas.

https://www.sabra.org.br/site/acoes/edicao-de-manuscritos-musicais/

Além da Coleção Ouro de Minas, o site da Sabra abriga a plataforma “Tesouros Musicais Brasileiros”  que disponibiliza manuscritos musicais dos séculos XVIII e XIX. As partituras permitem um mergulho sonoro nas produções artísticas de Minas Gerais do período. A iniciativa inédita de um banco de dados gratuito e de fácil acesso tem o objetivo de democratizar o acesso às obras a musicólogos, historiadores e amantes da música em geral. Ao todo, são 375 manuscritos e 76 compositores identificados. A plataforma pode ser conhecida no endereço tmb.sabra.org.br. No site, é possível consultar itens por título, compositor, instrumento, entre outros. Conheça detalhes no link abaixo:

Tesouros Musicais Brasileiros


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