Manuscritos musicais dos séculos XVIII e XIX são disponibilizados gratuitamente
Acervo permite saber mais sobre música produzida em Minas Gerais no período; site já foi disponibilizado pela Sabra na Internet para consultas.
Lançamento do site Tesouros Musicais Brasileiros Partituras originais dos séculos XVIII e XIX, produzidas em Minas Gerais Quando: já disponibilizado na Internet Onde:tmb.sabra.org.br
A Sociedade Artística Brasileira (SABRA) publicou em dezembro passado, a plataforma Tesouros Musicais Brasileiros, que disponibiliza manuscritos musicais dos séculos XVIII e XIX. As partituras permitem um mergulho sonoro nas produções artísticas de Minas Gerais do período. A iniciativa inédita de um banco de dados gratuito e de fácil acesso tem o objetivo de democratizar o acesso às obras a musicólogos, historiadores e amantes da música em geral. Ao todo, são 375 manuscritos e 76 compositores identificados. A plataforma pode ser conhecida no endereço tmb.sabra.org.br. No site, é possível consultar itens por título, compositor, instrumento, entre outros.
As partituras integram o acervo do Maestro Vespasiano Gregório dos Santos, pianista e diretor de orquestras na época do cinema mudo, que herdou e conservou os manuscritos do seu pai adotivo, José Nicodemos da Silva. Ao longo de sua vida como regente, violoncelista, compositor e professor, o maestro José Nicodemos se apresentou em diversas cidades mineiras e no Rio de Janeiro. Os documentos de seu acervo refletem a religiosidade presente na música produzida nos séculos XVIII e XIX, em Ouro Preto, e no início do século XX, em Belo Horizonte. Além do gênero religioso, há partituras para bandas de música, música de câmara e de salão.
Pioneirismo
O Catálogo de Manuscritos Musicais presentes no Acervo do Maestro Vespasiano Gregório dos Santos foi inicialmente divulgado em 1999, pelo maestro e presidente da SABRA, Márcio Pontes, à época professor e pesquisador da Universidade do Estado de Minas Gerais. O projeto, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), é considerado pioneiro nos estudos relacionados a acervos musicais do país, inspirando iniciativas semelhantes, como os acervos dos Museus da Inconfidência, de Arte Sacra de Ouro Preto e da Música de Mariana.
“Se por um lado a publicação dos catálogos musicais na internet no final do século XX revolucionou o acesso aos materiais, a tecnologia da época, agora obsoleta, torna muitos desses conteúdos inacessíveis. Muitos sites foram retirados do ar ou não são considerados seguros pelos navegadores, que impedem seu acesso. A atualização do Catálogo de Manuscritos Musicais do Acervo do Maestro Vespasiano Gregório dos Santos levou cerca de um ano e reforça o compromisso adotado desde o início da pesquisa de tornar documentos como estes acessíveis a pesquisadores, estudantes e pessoas que se interessam pela música, a fim de preservar o legado da produção musical de Minas Gerais e da cultura brasileira”, afirma o presidente da SABRA Márcio Pontes.
A SABRA Fundada em 2013, a Sociedade Artística Brasileira (SABRA) é uma associação civil, sem fins lucrativos, com sede em Betim, Minas Gerais. A organização promove o ensino gratuito de música, com cursos de Musicalização Infantil, Música, Orquestra Sinfônica, Grupos Instrumentais de Câmara, Coral Adulto e Coral Infanto-juvenil. A SABRA também atua por meio de concertos didáticos e apresentações públicas gratuitas com os grupos musicais formados por seus alunos e professores; além de desenvolver intenso trabalho de pesquisa sobre a música de compositores brasileiros dos séculos XVIII e XIX.
Em 2020 os concertos, ensaios e aulas presenciais foram suspensos devido à pandemia de Covid-19. Em 2019, foram 350 concertos realizados e 620 alunos beneficiados em Betim e 1.345 em Nova Lima. As atividades são financiadas por meio da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. A SABRA conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado pelo incentivo de mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH, Vallourec, Sicoob Credicom e Sada Transportes. Além do apoio da Prefeitura de Betim, por meio da Secretaria Municipal de Educação e Funarbe, da Secretaria Municipal de Cultura e Educação de Nova Lima e do Instituto de Cidadania dos Empregados do BDMG. Saiba mais em www.sabra.org.br.
Sobre o Instituto Unimed-BH Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos visando a ampliar o acesso à cultura, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou R$120 milhões ao setor cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e da Lei Federal de Incentivo à Cultura, gerando milhares de postos de trabalho, impulsionados pelo patrocínio de mais de 5.200 médicos cooperados e colaboradores. Anualmente milhares de pessoas são alcançadas por meio de projetos de cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
Sobre a Vallourec Soluções Tubulares do Brasil A Vallourec é líder mundial em soluções tubulares Premium, fornecendo principalmente para os mercados de energia (óleo e gás, geração de energia).Sua experiência também se estende ao setor industrial (incluindo mecânico, automotivo e construção). Com aproximadamente 19.500 funcionários, integrados em mais de 20 países e um setor avançado de pesquisa e desenvolvimento, a Vallourec trabalha lado a lado com seus clientes para oferecer mais a apenas alguns tubos: soluções inovadoras, segurança, estatísticas e inteligência para executar todos os projetos possíveis. No Brasil, a Vallourec possui seis unidades. Em Minas Gerais, as unidades Barreiro e Jeceaba são focadas na produção de tubos de aço sem costura; a Vallourec Florestal é responsável pela produção de carvão vegetal que abastece ou forno de alta pressão das unidades de produção de tubos;e a Vallourec Mineração, conforme exigências de abastecimento interno de minério de ferro. No Rio de Janeiro, a Vallourec Transportes e Serviços (VTS) presta serviços especializados para o setor de óleo e gás. No Espírito Santo, a unidade Tubos Soldados Atlântico (TSA) produz tubos de aço com solda helicoidal de grande diâmetro (16 ” a 60 ”) para diversas aplicações, como gasodutos, oleodutos, condução de fluidos, estruturas e saneamento. www.vallourec.com
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As ações que nos permitem transformar a vida da juventude de Betim e criar perspectivas para o futuro delas dependem do apoio da comunidade. Por meio das doações que recebemos, financiamos as diversas atividades que ajudam a levar cultura, educação e novos horizontes para os jovens atendidos.
A Orquestra Sinfônica de Betim, a Escola de Música Oficina Musical de Betim, o Coro e Orquestra de Câmara Lobo de Mesquita e os Corais Adultos e Infantis em Belo Horizonte e Betim são algumas das ações que você pode nos ajudar a manter com a contribuição da sua empresa. Dessa forma, você posiciona o seu negócio como parceiro da comunidade e colabora na construção de uma sociedade mais justa, igualitária e bonita para todos na região.
E saiba que ajudar é tão fácil que você pode fazer isso sem custos ou com custos muito reduzidos para a sua organização! Neste artigo explicaremos como você pode nos ajudar com uma doação que vai custar muito pouco para a sua empresa, mas que vai ser enormemente significativa para os jovens de Betim e para a nossa Instituição!
Continue com a gente nesta leitura e saiba como a sua empresa pode ajudar a apoiar sem custo!
Doação Incentivada: saiba o que é e como funciona
A SABRA oferece uma grande variedade de formas de doação para as empresas e pessoas físicas interessadas em participar do financiando do nosso projeto e das nossas ações. Uma delas é a Doação Incentivada, que é a contribuição que não gera qualquer custo para quem doar.
Isso é possível pois esta modalidade permite abatimento no imposto de renda. Assim, dependendo do aporte da doação e do total do seu imposto, sua contribuição pode sair totalmente sem custo para a sua empresa.
Como fazer a sua Doação Incentivada
Fazer uma Doação Incentivada é muito simples. Comece acessando o site oficial da Receita Federal para simular o aporte doado na declaração do seu imposto. Esta modalidade encontra-se no item número 5 do formulário de declaração online, sob a nomenclatura de Deduções de Incentivo.
Para efetivar a doação com base na simulação realizada no site da Receita Federal, você deve nos enviar um e-mail, ao qual responderemos detalhando o procedimento para concluir o processo. Esta modalidade de doação permite deduzir até 6% da alíquota do imposto de renda em questão.
Basta que ela seja realizada até o dia 31 de dezembro do ano posterior ao ano base declarado.
Faça parte da história das comunidades mais vulneráveis de Betim
As ações da SABRA contribuem para a inclusão social e ajudam a moldar um futuro melhor para pessoas integrantes dos grupos mais vulneráveis do ponto de vista social, e as doações são parte muito importante para a realização deste trabalho.
Para conhecer mais sobre as nossas ações e como elas impactam a comunidade local, acompanhe nossas redes sociais e visite nosso site! Caso tenha dúvidas acerca do processo de doação, entre em contato conosco, nossa equipe ficará feliz em conversar com você e tirar todas as suas dúvidas!
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As doações são um dos principais propulsores do trabalho da Sociedade Artística Brasileira, a SABRA. Por meio delas, podemos dar continuidade aos nossos trabalhos de inclusão social, incentivo à cultura e educação junto às comunidades mais vulneráveis de Betim.
Elas também são uma das maneiras pelas quais você ou o seu negócio podem se posicionar como parceiros da juventude local, verdadeiros agentes transformadores da realidade e do futuro de jovens da região. E é muito fácil doar!
Visando incentivar sua participação em nossos trabalhos, oferecemos diversos formatos de doação, com flexibilidade para se encaixar nas suas possibilidades. Veja a seguir como doar e quais são as formas de doação para ajudar a SABRA!
Como doar?
Doar para as ações da SABRA é muito prático e fácil. Para todos os nossos formatos de doação é possível contribuir por meio de depósito bancário ou do PagSeguro (valores a partir de 10 reais neste sistema).
Este último canal garante muita conveniência e segurança para você. Se você possui conta ativa e com saldo suficiente na plataforma do PagSeguro, pode debitar o valor da doação desejada diretamente do seu saldo.
Caso não tenha conta ou fundos neste sistema, pode selecionar a doação via PagSeguro para doar sem sair de casa e por meio da forma de pagamento mais conveniente para você. Basta selecionar a modalidade de doação que deseja fazer, preencher os campos com o valor a ser doado e seu e-mail. Em seguida, assinale no formulário a opção “Não tenho conta no PagSeguro”.
O sistema vai te encaminhar a uma página de pagamento onde você poderá realizar sua contribuição por um desses meios:
Pix
Cartão de crédito;
Cartão de débito;
Boleto bancário.
Formatos de doação disponíveis
Existem várias formas de doar para a SABRA e participar da mudança no futuro dos jovens de Betim. Sua doação pode ser única ou recorrente em diversos planos mensais.
Os planos de doação mensal são muito importantes para nós pois fornecem segurança para que possamos planejar e manter ações em longo prazo. Neste sistema de contribuição recorrente, você pode optar por doar durante 12 meses uma das quantias abaixo:
30 reais;
60 reais;
90 reais;
120 reais.
Além disso, oferecemos também um formato para incentivar a sua doação. Ao longo de todo o ano, é possível doar e receber em troca um abatimento de até 6% no seu imposto de renda. Você pode simular sua doação diretamente no site da Receita Federal para verificar o percentual de abatimento. A seguir, basta nos enviar um e-mail e nós te enviaremos mais detalhes sobre como fazer sua doação.
Doe sem gastar!
Você ainda pode doar para a SABRA sem qualquer gasto. Basta contribuir para o Fundo da Infância e Adolescência (FIA) na declaração do seu Imposto de Renda, indicando o Município de Betim como beneficiário.
Esta modalidade direciona parte do seu imposto para os trabalhos das entidades da região cadastradas no programa e ainda permite um abatimento de até 3% sobre o valor total do seu imposto. Saiba mais sobre como doar para a SABRA pelo FIA!
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O hip hop é mundialmente conhecido pela sua sonoridade forte e intensa, porém, se engana quem pensa que suas características param por aí. Como um dos gêneros mais populares que existem, o hip hop se tornou “mainstream”, principalmente nos últimos anos, com o aparecimento de nomes com enorme apelo popular, como Eminem, Drake, Post Malone e Jay Z.
Nascido como forma de protesto, em bairros tipicamente latinos e afro-americanos de Nova York, o hip hop se tornou rapidamente uma fonte de renda para artistas do meio, movimentando milhões de dólares e se afirmando como um dos mais importantes movimentos culturais das últimas décadas. Isso porque, além da música, o gênero tomou conta também da dança, da moda e até mesmo do cinema.
Portanto, se você é um fã, um entusiasta ou apenas um curioso em busca de aumentar o seu conhecimento musical, junte-se a nós para descobrir um pouco mais sobre a história do hip hop!
Como tudo começou
O hip hop surgiu em Nova York, mais precisamente no Bronx, em meados da década de 70. Como naquela época as discotecas e clubes não eram acessíveis para toda a população, principalmente as com menor poder aquisitivo, os jovens dos bairros mais pobres da cidade se reuniam para realizarem suas próprias festas no meio da rua, conhecidas como “block parties”.
Até então, os ritmos que comandavam os eventos eram o soul e o funk. Em pouco tempo, alguns músicos começaram a isolar a percussão das músicas e a estender suas batidas, tornando-as mais dançantes do que as originais.
Entre os precursores do gênero, um nome unanime é do DJ Kool Herc, que ajudou a alavancar o movimento, criando elementos marcantes, como a figura do MC (mestre de cerimônias), responsável por apresentar os artistas durante as festas.
Com o passar dos anos, os MCs ganharam ainda mais espaço, recitando rimas durante as batidas das músicas e dançando nos intervalos. Foi a partir desses passos, aliás, que surgiu o termo “B-boy” (break-boy), que deu início ao “breakdance”, um dos mais famosos estilos de dança de rua.
Por ser mais que apenas um gênero musical, o hip hop possui diversos elementos que o caracterizam como movimento. De forma geral, podemos citar como principais:
– MC: o “mestre de cerimônia” é o músico responsável por conduzir e animar as festas, colocando frases e rimas na base dos instrumentos;
– DJ: é o artista responsável por criar as bases musicais do gênero;
– B-boys e B-girls: são os dançarinos que utilizam passos e acrobacias para acompanhar o ritmo das músicas. Com o passar do tempo, o estilo se tornou ainda mais criativo do que no princípio, dando início a diversos campeonatos de “breakdance” mundo afora;
– Graffiti: é conhecido como a representação artística do hip hop.
Hip hop e rap são a mesma coisa?
Embora muita gente ainda use o rap e o hip hop como sinônimos, há uma enorme diferença entre as duas coisas, ocupando cada uma o seu próprio lugar.
Como já falamos anteriormente, o hip hop é o movimento cultural que surgiu nas ruas e que é composto por diversos elementos. Já o rap, faz parte do hip hop, sendo conhecido como a combinação de rimas, poesia e ritmo. Geralmente, as letras são carregadas de críticas sociais e elementos da cultura de rua, contando um pouco do dia a dia de quem as compõem.
Então, resumidamente, podemos dizer que o hip hop é o movimento e o rap um de seus elementos musicais.
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O funk, atualmente entre os gêneros musicais mais populares do Brasil, nem sempre foi como o conhecemos hoje. O ritmo, que representa um dos maiores símbolos da cultura da periferia em todo o país, esteve — e ainda está — em constante evolução durante toda sua história, passando por várias transformações ao longo dos anos.
O início de tudo
O funk teve origem nos Estados Unidos, com forte influência da black music, mas com características bem diferentes das que conhecemos atualmente.
Inspirado no soul, no jazz e no rhythm and blues (R&B), o funk americano surgiu entre o final da década de 1950 e início da década de 1960, representado por grandes nomes como Miles Davis e James Brown, no centro do movimento negro do país, e desde então, continuou em evolução.
O funk chega ao Brasil
No Brasil, o gênero começou sua história na década de 1970, e ganhou os bailes da Zona Sul do Rio de Janeiro. Com batidas animadas e dançantes, conquistou muita gente, e se resumia, basicamente, em reproduções das músicas norte-americanas e grandes sucessos brasileiros reproduzidos com a batida já tão conhecida nos EUA.
Chegando aos anos 1980, o funk que fazia sucesso no Brasil ainda se baseava no que vinha dos Estados Unidos, com músicas de batida acelerada e letras mais erotizadas, exclusivamente em inglês. Foi no fim da década que, ao incluir a bateria eletrônica ao ritmo, o produtor musical Fernando Luís Mattos da Matta, conhecido como DJ Malboro, lançou seu primeiro álbum — o Funk Brasil — e consolidou o funk nacional, com produções inteiramente nacionais e letras em português que retratavam a realidade das favelas.
Rapidamente, o som produzido na periferia, para a periferia, ganhou não só as ruas cariocas, como as de todo o país, representado por artistas que marcaram uma geração, como Claudinho e Buchecha, dupla de grandes sucessos como Só Love e Nosso Sonho, e Cidinho e Doca, donos do hit Rap Da Felicidade.
Anos 2000 e o funk tamborzão
Foi na virada do milênio que o funk deixou, definitivamente, de ser um ritmo periférico, para cair nas graças das classes média e alta do país, invadindo boates, academias de dança, tocando nas rádios e fazendo parte da trilha sonora de novelas e filmes brasileiros.
A produtora Furacão 2000 popularizou o baile funk em todo o Brasil e lançou grandes nomes do gênero, como os grupos Gaiola das Popozudas e Os Hawainos, sucessos da época. Em 2001, o funk do Bonde Do Tigrão conquistou o país e alcançou seu primeiro disco de platina pela Pró-Música Brasil.
Foi também nessa época que vozes femininas despontaram no ritmo. A MC Tati Quebra Barraco, por exemplo, com seus sucessos Boladona e Sou Feia Mas Tô Na Moda, abriu caminho para as muitas funkeiras de hoje.
Os subgêneros do funk brasileiro
Até hoje, o funk carioca permanece como o mais famoso do Brasil. Mas, com o passar dos anos, o som seguiu em evolução, distanciando-se de suas origens e conquistando novos nichos.
O funk ostentação, originado nas periferias paulistanas, fala da ascensão social e saída da favela, com representantes como MC Guimê e MC Livinho, que cantam sobre carros, dinheiro e riquezas.
Atualmente, o funk acelerado e de letras quentes, conhecido como funk 150 bpm, dominou os bailes do Rio e do Brasil, ao som de nomes como FP do Trem Bala, MC Kevin O Cris e DJ Rennan da Penha. Além disso, o funk pop, mais melódico e com letras mais leves, representado por cantoras como Anitta e Ludmilla, alcançou projeção nacional e representa a cultura do Brasil no mundo.
O funk como movimento social
Embora ainda sofra preconceito, principalmente, por ser um ritmo da periferia, com letras que falam, muitas vezes, de sexo e sensualidade, o funk brasileiro deixou de ser apenas um ritmo e se tornou um movimento social que, não só retrata a vida nas favelas, mas também dá voz a quem é constantemente silenciado e oportunidade aos excluídos. Por se tratar de um gênero musical acessível, de fácil concepção e conter uma forte mensagem, o funk tem aberto portas e tirado muitos jovens do mundo do crime.
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Marcado por improvisação, swing e mistura de ritmos, o Jazz surgiu no final do século 19 nos Estados Unidos, mais precisamente em Nova Orleans, tendo como matriz principal a cultura africana.
Com o dia a dia atribulado em serviços de escravidão, os negros recém-retirados de variadas regiões africanas para a América do Norte tinham como refúgio a música, entoada por meio de cânticos coletivos.
Diretamente do Blues, o Jazz apropriou-se da famosa “blue note”, nota semitonada característica que trazia uma sensação mais melancólica à música. Em suas primeiras formações, o estilo musical trazia:
– Clarineta;
– Corneta ou trompete;
– Contrabaixo;
– Guitarra;
– Trombone;
– Bateria;
– E até banjo.
Contexto histórico e origens
Com a abolição da escravatura nos EUA, em 1863, estes indivíduos puderam, mesmo que minimamente, incluir-se na sociedade. Foi assim que, com uma maior aproximação com instrumentos ocidentais, uma combinação de ritmos, culturas e sons surgiu. Neste momento, o Blues, que já vinha carregado de origens negras, se tornou um dos principais alicerces do Jazz.
Este último herdava ainda uma influência das reuniões religiosas negras, como no caso das igrejas frequentadas majoritariamente por afro americanos, cuja participação da plateia era, e ainda é, nos dias de hoje, fundamental para a maneira de tocar dos músicos. Batidas de pés e mãos, e até vocalizações, reverberavam dos solos improvisados ao timing dos acordes.
A criação da Lei Seca, a qual proibia a venda e consumo de álcool nos Estados Unidos, que vigorou entre anos 1920 e 1930, resultou na criação de speaksies, espaços especialmente voltados à comercialização ilegal de bebida alcoólica e, por conseguinte, à música.
Tais estabelecimentos foram essenciais para propagação do Jazz que, em decorrência disso, ganhou um estereótipo de estilo imoral.
Chegada aos lares americanos
Entretanto, mesmo assim, durante esta mesma época foi que o Jazz caiu no gosto de diferentes localidades do país, ganhando, inclusive, espaço entre os membros da elite americana, anteriormente muito mais avessos a qualquer criação que envolvesse a negritude.
Após a Primeira Guerra Mundial, percebeu-se o potencial do Jazz, o qual foi introduzido, finalmente, à indústria do show business.
Cinema, rádio, teatro e shows passaram a contar com a presença avassaladora do estilo musical. Além disso, um grande responsável pela popularização do Jazz foi a indústria dos discos, transformando aparelhos de som nos principais artefatos domésticos dos americanos.
Chicago e Nova York, por sua vez, configuraram-se como importantes receptores e difusores da música para o resto do país. O público? Espectadores, músicos em potencial e migrantes negros em busca de melhores condições de vida. Entre eles, os trompetistas Louis Armstrong e Bix Beiderbeck e o pianista Fletcher Henderson, vanguardistas do ramo que levaram o Jazz à cultura americana.
Importante destacar, entretanto, que após a abolição veio ainda a segregação racial, a qual se perpetuou até o final dos anos 1960. Mesmos moradores de lares brancos que consumiam o Blues e o Jazz, com óbvia e indiscutível influência negra, eram aqueles que consentiam com espaços exclusivos para “pessoas de cor”, tais como banheiros, assentos de ônibus e até estabelecimentos comerciais.
Sucesso no mundo
Com a chegada de orquestras de Jazz sinfônico nos anos 1930, grandes bandas começaram a surgir, bem como as primeiras formações com músicos brancos e negros no mesmo palco. Em 16 de janeiro de 1938, houve o primeiro concerto de Jazz da história no Teatro Carnegie Hall, em Nova York. A partir daí, barreiras raciais e geográficas também foram rompidas.
No Brasil, a chegada do Jazz originou bandas com ritmos altamente similares aos dos Estados Unidos, trazendo consigo precursores como Severino Araújo e Zimbo Trio. Já no final da década de 1950, surge a Bossa Nova, carregada de improvisos, liberdade e criatividade característicos do Jazz.
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