Manutenção do violino

Como limpar e cuidar do seu violino (e outros instrumentos de corda)

O violino é um dos instrumentos mais populares e apreciados no mundo – dentro e fora da música clássica. Afinal, a beleza do som que emite é tão extraordinária que tem a capacidade de elevar a alma humana. Alguns artefatos, como os “Stradivarius”, são considerados até mesmo mitos e certos violinos, produzidos manualmente pelo italiano Antonio Stradivari, têm inclusive mais de 300 anos. Mas, para conservar os instrumentos de cordas friccionadas por tanto tempo, é preciso desenvolver uma rotina de cuidados, para a manutenção da peça e da qualidade sonora.

Mesmo que você não tenha a pretensão de conservar o seu por mais de um século, descubra aqui como limpar e cuidar do seu violino (e outros instrumentos de corda).

Rotina pós-ensaio

Após qualquer prática com o seu violino ou instrumento de cordas, é fundamental estabelecer uma rotina de limpeza antes de guardá-lo na case. Para isso, comece com um pano e dê preferência para tecidos de fibras naturais – como 100% algodão e flanelas, que são menos abrasivos.

Além disso, o suor das mãos libera uma substância chamada ácido úrico, que pode oxidar o verniz, caso você desenvolva o hábito de pegar no corpo do instrumento após os ensaios. Portanto: paninho de fibra natural!

Comece a limpeza passando o pano entre o tampo frontal e o espelho, e depois entre o espelho e as cordas (até a altura da pestana), e logo abaixo do cavalete (até o final da cavidade abaixo do estandarte). Friccione ainda o pano de uma ponta à outra do arco pelo menos três vezes.

Falando em arco, também é muito importante afrouxar a crina dele, que ficou tensionada durante toda a prática. Assim, evita-se que as cerdas acabem alongadas e deforme o arco.

Cuidados de longo prazo

Quem pratica há algum tempo provavelmente já se deparou com a experiência de sentir as cordas grudentas ou perceber que o instrumento está emitindo um som “sujo”. Esses são sinais claros de excesso de breu.

Para resolver, limpe as cordas com um pano de fibras naturais (não use o mesmo da limpeza pós-ensaio) embebido em uma pequena quantidade de álcool 70%. Mas atenção para não deixar o álcool encostar ou pingar na madeira, pois ele mancha o verniz.

O instrumentista também precisa trocar o jogo de cordas de tempos em tempos e a periodicidade vai depender da intensidade dos treinos. Profissionais e amadores com exercícios diários, por exemplo, costumam fazer isso a cada 3-4 meses. E aqui vai uma dica importante: jamais remova todas as cordas de uma vez. Ao contrário, a troca deve ser feita uma a uma, individualmente.

Além disso, confira com frequência o estado do cavalete e, se notar deformações, leve-o para a oficina.

Práticas que devem ser evitadas

Devido ao elevado valor de venda do violino, algumas pessoas têm o (péssimo) costume de tentar consertá-lo em casa, principalmente com fórmulas que um “amigo do amigo” indicou ou que leu em algum blog da internet. Isso é totalmente contraindicado. Os reparos devem ser feito por profissionais!

Colar rachaduras com cola comum, por exemplo, não resolve o problema e ainda danifica o instrumento. Outras práticas perigosas, que além de alterarem o som também diminuem a vida útil do violino, incluem o polimento com ceras inapropriadas, retoques com verniz e outros produtos de acabamento não específicos e desmontar ou lavar o instrumento para a higienização.

Além das tentativas amadoras de reparos, a exposição do instrumento ao calor e aos raios solares também é prejudicial. Ela provoca alterações na madeira, no verniz e nas cordas, podendo danificar ou mesmo estragar o violino.

Por fim, jamais transporte ou armazene o instrumento fora da case. Ela protege a peça da temperatura, da baixa umidade e de acidentes.

Com essas informações em mãos, o seu instrumento poderá acompanha-lo por muitos e muitos anos! Aproveite.

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LER PARTITURA

Aprenda a ler partituras mais rápido

A partitura é para a música o que as letras do alfabeto são para a escrita: uma forma de comunicação ou linguagem. É por meio das notas contidas na pauta que artistas conseguem ler composições e saber o que eles devem fazer e como executar a obra.

O melhor disso tudo é que a linguagem musical é universal, ou seja, não importa a língua nativa dos instrumentistas, todos serão capazes de entender o que está contido na partitura. Mas para tornar-se fluente nesse idioma, o caminho é muito semelhante ao dos demais: praticar, praticar, e persistir até que a linguagem torne-se natural.

Para ajudar os alunos e amantes da música a aperfeiçoarem suas habilidades, separamos algumas dicas para quem quer aprender a ler mais rápido. Tem interesse? Então continue lendo esse texto.

O que é a partitura e para que funciona?

A partitura é uma representação da linguagem musical que contem símbolos e notações próprias deste universo. Pode ser traduzida como o registro sonoro sobre uma folha de papel, que orienta o músico quanto ao ritmo, à melodia e à harmonia das interpretações.

Ela é formada por pautas ou pentagramas, como são chamados os desenhos de cinco linhas horizontais e quatro espaços. As pautas, por sua vez, contêm notações que incluem as notas musicais (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si), as claves (de sol, de fá, de dó), as colcheias, as fusas, a semibreve, a mínima, a semínima, entre outras figuras.

Reconhecer o significado de cada símbolo musical é fundamental para qualquer estudante ou profissional de música, e o primeiro passo para isso é a alfabetização. Mas assim como nas aulas de língua portuguesa, depois que se aprende a ler, imediatamente surge um novo objetivo: conseguir ler mais rápido.

Por isso, o segundo passo é aperfeiçoar as habilidades de leitura para tocar melhor o seu instrumento e melhorar a performance. Afinal, quanto mais rápido o músico lê a partitura, melhor e mais rápido (ou corretamente) ele consegue executá-la.

Então, como posso ler as partituras de forma mais rápida?

Há poucos atalhos para chegar à perfeição. Por maior que seja a expectativa, melhorar a capacidade individual de ler partituras exige tempo, prática, dedicação e trabalho árduo. É como um novo idioma, por mais que o aluno matricule-se na modalidade intensiva do curso, não é possível tirar o diploma em seis meses.

Mesmo instrumentistas famosos e renomados sentem dificuldade quando entram em contato pela primeira vez com uma partitura, e é somente com os ensaios que evoluem. Por isso, comece estabelecendo pequenas metas semanais ou mensais.

Inicie estudando todos os símbolos que podem existir em uma partitura. Em seguida, aprenda a tocar cada nota musical no seu instrumento no tempo e ritmo correto. Depois, separe algumas partituras com composições simples e analise-as, utilize a voz para executá-las e só depois pegue o seu instrumento para interpretá-la.

O ideal é conseguir tocar uma música nova em menos de 1 hora. Se demorar mais do que isso, busque outras opções ainda mais simples. A dica de ouro aqui é escolher músicas que você conhece e gosta, pois facilitam o aprendizado. Mas lembre-se que é como na escola, alguns livros só são indicados para quem está no ensino médio, e não para crianças. Por isso, tenha paciência. Nas primeiras tentativas, toque vagarosamente, e acelere o ritmo conforme adquirir confiança.

Outra técnica interessante é tocar partituras sem lê-las com antecedência. Parece contraditório com as dicas anteriores, mas na verdade é um exercício complementar. Aqui o objetivo é treinar a capacidade de ação e reação do cérebro e estimular a leitura automática, sem passar pela racionalidade analítica.

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5 motivos para estudar Teoria Musical

Muitas pessoas gostariam de aprender a tocar algum (ou mais de um) instrumento musical, mas nem todas dão o primeiro passo ou persistem para evoluir. Verdade seja dita: com exceção de poucos gênios na história, tornar-se bom músico ou instrumentista exige disciplina, dedicação, foco, centenas de horas de prática e, sim, teoria musical.

Sempre ouvimos falar do “fulano” que é excepcional e não sabe ler partitura, ou de outro artista famoso que era péssimo aluno. Isso é plenamente possível, pois a música tem relação com o sentimento, com o “feeling” e com a conexão da pessoa com a melodia e o seu instrumento. Porém, esses casos são a exceção, e infelizmente a maioria dos estudantes precisa debruçar-se bastante sobre os livros para sentir o progresso.

É claro que o inverso também é problemático. Nada adiante ser um expert da teoria sem a prática. Mas sabendo utilizar o bom senso, qualquer aluno poderá encontrar o “caminho do meio” entre teoria e prática para melhorar a performance e o desempenho.

Se você ainda não está convencido, confira a seguir 5 motivos para estudar Teoria Musical:

#1 Desenvolver um ouvido crítico para avaliar músicas

Enquanto qualquer pessoa é capaz de ouvir uma música e dizer se gosta, ou não, com base em emoções ou critérios pessoais, o estudante de música precisa ir mais fundo. Ele ou ela precisa entender se a execução está no ritmo correto, se a melodia está boa, quais erros estão ocorrendo, se há um padrão ou uma sistematização nas sonoridades que lhe agradam e o que diferencia os grandes compositores de qualquer estilo musical dos demais.

#2 Ler partituras melhor e mais rapidamente

Quanto mais o aluno entender de teoria musical, maiores serão suas habilidades para captar as notações sobre a pauta, e consequentemente, melhor poderá executar as músicas. É claro que a conversão da leitura rápida para o gesto demanda também muita prática, mas sem a base teórica ela ficará limitada.

#3 Entender como a música funciona

Aprender teoria musical ajuda crianças, adolescentes e adultos a compreenderem como a estrutura dessa linguagem tão única funciona. A alfabetização musical permite que os alunos acompanhem o processo de criação dos compositores e que eles mesmos aprendam a compor as suas músicas. Afinal, é somente pela teoria e pela notação que um compositor comunica ao mundo como ele (a) gostaria que sua obra fosse executada.

#4 Estimular a criatividade

Para começar a criar uma música, é preciso de inspiração, é claro. Mas artistas com sólido fundamento em teoria desenvolvem um senso avançado de consciência musical, e isso melhora a criatividade, auxilia na construção de um estilo próprio e na caracterização de acordes e transições bem estruturadas.

Ser capaz de identificar padrões sonoros nas músicas que lhe agradam e nas que desagradam também abre caminhos para que o aluno crie suas próprias composições e canções de maneira lúcida.

Basta pensar na língua portuguesa: aprendemos a falar muito antes de conhecer a teoria que estrutura o idioma. Mas quanto mais uma pessoa estuda e entende de português, maior é a sua liberdade de criação, ou seja, melhor pode articular ideias e pensamentos. Por mais que inicialmente pareça que as regras e normas limitam e conformam, após absorvidos os conceitos eles tornam-se ferramentas que ampliam o potencial de expressão e comunicação.

#5 Aumentar a independência

Quanto mais o aluno entende a teoria musical, menos ele precisa de professores e orientadores para ensinar-lhe, pois adquire a habilidade de tornar-se autodidata. É claro que a atividade em grupo ou a presença de alguém para corrigir seus erros ajuda, mas conhecer teoria musical oferece mais liberdade para escolher suas fontes de aprendizado.

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O que significa “cantar à capela”?

Muito popular nos dias de hoje, o canto à capela é uma técnica musical que utiliza apenas a voz humana para executar composições, sem o auxílio de instrumentos musicais ou de recursos tecnológicos para modificar a qualidade vocal. Apesar do elevado grau de dificuldade, o resultado é belíssimo: encanta corações e toca os sentidos.

Como surgiu o canto à capela?

O canto “à capela”, ou “a capela” sem o uso da crase, vem do italiano, e quer dizer “cantar à moda da capela”. O nome revela muito sobre as origens da técnica musical, que foi desenvolvida pelos monges e membros do clérigo católico para as liturgias religiosas – apesar de também haver indícios da uma vertente bizantina nos rituais da igreja ortodoxa, outra muçulmana e outra judaica nas sinagogas.

Enquanto nas grandes catedrais, o coro era geralmente acompanhado por um imponente órgão central, nas pequenas capelas criou-se a tradição do canto baseado somente na voz humana. Por isso, a expressão “cantar a capela”, ou da forma que se cantava nas pequenas igrejas e espaços reduzidos.

O estilo surgiu na Europa e alguns relatos históricos apontam que as primeiras composições polifônicas utilizando a técnica contavam com o acompanhamento de um instrumento musical. Um exemplo clássico de música à capela deste período (e que ainda é popular) é o canto gregoriano.

Apesar da origem religiosa, compositores como Johann Sebastian Bach e Wolfgang Amadeus Mozart criaram diversas obras nesse estilo, como por exemplo a “Missa em Si Menor” (BWV 232) de Bach. Mas o grande destaque das composições foi mesmo Giovanni Pierluigi da Palestrina, que desenvolveu inclusive o estilo Palestrina de música à capela.

Enquanto as produções dos templos, igrejas e sinagogas são chamadas de canto religioso ou canto sagrado, o estilo independente de credo é conhecido por música secular. Como exemplo desta última tem-se os madrigais, uma forma de canto secular a capela muito comum no período medieval e renascentista que, em oposição à música sacra, abordava temas profanos como o amor, a paixão e a bebida com amigos.

Atualmente os cantos à capela fazem parte da rotina de diversas religiões cristãs, como católicos, batistas, menonitas, entre outros. Mas a técnica não é exclusivamente ocidental, pois há séculos templos judeus e muçulmanos também utilizam músicas à capela em suas celebrações.

Voz e imitação de instrumentos musicais

A despeito das raízes religiosas, esse estilo tem feito muito sucesso nas últimas décadas, principalmente com a incorporação de novos elementos, como a percussão vocal e a interpretação de melodias pop à moda da capela.

Mantendo a característica de contar somente com a voz humana, músicos modernos imitam o som de instrumentos para complementar performances. São cantores com muita habilidade que, sem utilizar playback ou outros artifícios tecnológicos, reproduzem perfeitamente as notas musicais da bateria, do baixo, do violão, do naipe dos metais e mesmo de efeitos eletrônicos dos DJs.

O beatbox, por exemplo, é um estilo de canto à capela bastante recente e difundido, que surgiu nos guetos dos Estados Unidos em meados dos anos 1980 e tornou-se popular na cena hip-hop mundial.

Os benefícios do coral para a saúde – mente e corpo


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Breve história do naipe de cordas

Os instrumentos que utilizam a vibração das cordas para emitir sons acompanham a humanidade há milênios e têm um papel de destaque na história (e na atualidade) da música clássica. Por isso, no texto de hoje vamos contar um pouco mais da trajetória destes instrumentos musicais, suas características e funções.

Voltando no tempo

Quando pensamos em instrumentos de cordas, normalmente vem à cabeça o violão, o violino e talvez um cello. Mas todos esses são criações recentes, desenvolvidas no final do período medieval.

Os primeiros relatos históricos de instrumentos cujo som era emitido pela fricção ou toque de cordas tensionadas remete aos 30 a 15 mil anos a.C.: o arco musical. Ainda rudimentar, a peça era formada por um arco curvo, normalmente de madeira, com as duas extremidades ligadas por uma corda. Um exemplo muito semelhante e ainda popular nos dias de hoje é o berimbau.

E quando o assunto é cordas dedilhadas, o artefato mais antigo é de 26 mil anos a.C: as liras e as harpas. Estes instrumentos fizeram parte de diversas culturas antigas, sendo retratados na arte e pintura mesopotâmica, egípcia e grega.

Já o alaúde, também citado em referências de diversas civilizações desde o período antigo até o renascentista, é considerado o “pai” da viola que, por sua vez, é a “mãe” do violino. A Itália foi o berço do desenvolvimento de toda a família do violino – como ele próprio, a viola, o violoncelo e o contrabaixo, em meados do século XV e XVI.

Ainda no período barroco, a Europa viu florescer as orquestras e os concertos musicais. Mas foi no período clássico, a partir do século XVIII, que o violino, ou melhor, o primeiro-violino (também chamado de Spalla), tomou o lugar do cravo e tornou-se o regente das orquestras.

Afinal, quais são (e como se dividem) os instrumentos de corda?

Diversos instrumentos utilizam as cordas para emitir música e eles são divididos em três categorias: a família das cordas friccionadas, a das cordas dedilhadas e a das cordas percutidas.

Na primeira, o som resulta principalmente do atrito do arco com as cordas, a exemplo dos violinos, da viola, da rabeca, do armontino e do cello. Na segunda, é o dedilhar dos dedos ou das palhetas que extrai a música, como no violão, na guitarra, no alaúde, no baixo, no bandolim, no cavaquinho, na cítara, na harpa e no ukulelê. Por fim, na terceira categoria, o som é emitido quando as cordas são percutidas, como no piano, no cravo e no berimbau.

Além dessa classificação, há uma enorme diferença no tamanho dos instrumentos. Isso ocorre porque quanto maior, mais grave é o som que emite (e vice-versa). Por isso, como o violino é o menor instrumento da sua família, é também o que produz o som mais agudo, seguido da viola, do violoncelo e do contrabaixo.

Na orquestra, os violinos ainda são divididos em duas vozes, os primeiros e os segundos violinos, e localizam-se logo à esquerda do maestro. Já a viola fica à frente do regente, o cello à direita e o contrabaixo logo atrás do violoncelo.

ORQUESTRA – COMO FUNCIONA?

O que é o ritmo musical?

 


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Conheça 6 grandes mulheres compositoras da música erudita

Grandes nomes da música clássica, como Beethoven, Mozart e Bach, são citados com frequência nos meios de comunicação – inclusive já escrevemos sobre eles em outro artigo. Além disso, suas obras são interpretadas nas casas de ópera mais renomadas do mundo. Mas o que poucas pessoas conhecem são nomes femininos de grandes e talentosas compositoras eruditas.

Apesar da presença expressiva nas orquestras, nos coros, na pesquisa musical, na docência e na regência, as mulheres não são tão estudadas quando o assunto é composição de música clássica. Por isso, preparamos uma seleção com 6 grandes compositoras que influenciaram a música desde a Idade Média.

#1 HILDEGARD VON BILGEN (1098-1179)

Um dos nomes mais conhecidos do universo feminino na música erudita e o único da era medieval, Hildegard von Bilgen compôs aproximadamente 70 obras. Foi uma monja beneditina alemã, além de mestra do Mosteiro de Rupertsberg, teóloga, compositora, naturalista, poetisa e dramaturga. Viveu na Europa, no século XI e uma de suas obras mais conhecidas é o belíssimo “Ordo Virtutum”, que narra o drama de uma alma contra o Demônio e em busca da redenção. De forma geral, sua produção enquadra-se no gênero do canto gregoriano.

#2 FRANCESCA CACCINI (1587-1640)

O segundo nome da nossa lista nasceu na Itália, mais precisamente na cidade de Florença, e era a filha do grande compositor renascentista Giulio Caccini. Apesar da enorme influência que a compositora exerceu na música europeia do século XVI, poucas de suas obras sobreviveram ao tempo. O trabalho intitulado “La Liberazione di Ruggiero” destaca-se por ser considerada a primeira ópera criada por uma mulher na história.

#3 BARBARA STROZZI (1619-1677)

Outra italiana filha de artistas, Barbara Strozzi viveu em Veneza e foi introduzida na música pelo pai adotivo Giulio Strozzi. No século XVII, ela desenvolveu uma música vocal secular e escreveu obras principalmente para soprano. Um dos trabalhos mais conhecidos até hoje se chama “Sino Alla Morte”.

#4 CLARA SCHUMANN (1819-1896)

Filha de músicos, Clara Wieck foi iniciada no piano durante a infância e na adolescência começou a atuar profissionalmente nos palcos europeus, tendo escrito seu “Concerto para Piano” aos 14 anos de idade.

Clara já era famosa quando se casou com o renomado compositor Robert Schumann e adotou o sobrenome dele. Apesar da produtiva parceria entre os dois, a pianista sofreu com as obrigações da vida familiar, como as 8 gestações e a criação dos filhos, o que abalou o seu trabalho na música. Com o passar dos anos, inclusive, quase perdeu total confiança na sua capacidade e talento.

Após a morte do marido, a célebre pianista voltou a dedicar-se à carreira e, quando faleceu aos 76 anos, detinha enorme prestígio e uma trajetória profissional de seis décadas.

#5 AMY BEACH (1867-1944)

Foi a primeira compositora a alcançar o sucesso nos Estados Unidos. O talento de Amy foi notado ainda na infância quando, aos 4 anos de idade, já tocava obras de compositores clássicos. Na juventude, estudou no conservatório em Boston e apresentou-se em teatros da cidade, nos quais foi aclamada.

Quando se casou, a distinta pianista limitou suas apresentações em um recital por ano, voltando com força total após ficar viúva em 1910. Sua primeira composição de sucesso foi “Mass em Mi bemol maior”, e “Gaelic Symphony” foi a primeira sinfonia composta por uma mulher norte-americana.

#6 ETHEL SMYTH (1858-1944)

Compositora britânica, Ethel integrou o grupo das sufragistas que lutou pelos direitos civis e políticos das mulheres. A obra “The March of the Women” tornou-se, inclusive, o hino do movimento.

Igualdade de gênero: a importância do empoderamento feminino


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