[vc_row][vc_column][vc_column_text]Há algum tempo, quando se falava em rock, a maioria das pessoas pensava apenas em Elvis Presley como o rei do gênero. Devido à segregação racial presente nos EUA , na década de 50, muitos nomes foram esquecidos ao longo da história, como o próprio Chuck Berry, cujos acordes definiram o que é rock.
Não só homens negros foram invisibilizados, mas mulheres negras também. Continue a leitura e surpreenda-se!
Mulheres negras desde o início
Criou-se um imaginário onde o rock foi feito por homens e para os homens. Não existe ideia mais errada. Você sabia que uma mulher negra surgiu com o rock antes mesmo de Chuck Berry? Pois é, o nome dela era Sister Rosetta Tharpe. Ela é apenas uma das muitas mulheres negras que tiveram papéis importantíssimos no cenário do rock durante muitos anos.
Rosetta Tharpe representa o início de tudo por ser da década de 30. Filha de uma pastora evangélica, cresceu cantando música gospel e tocando guitarra desde muito cedo, se destacou por ser uma das poucas mulheres negras a dominar o instrumento, fechou contrato com uma gravadora grande da época e influenciou grandes nomes, incluindo o próprio Elvis.
Outras poderosas influências foram surgindo ao longo do tempo, moldando muitos estilos de rock que conhecemos e amamos hoje em dia. LaVern Baker e Big Mama Thornton contribuíram bastante para a mistura clássica de R&B ou blues com rock, impulsionando carreiras marcantes, como a de Janis Joplin. Lady Bo deixou sua marca revolucionando a forma de tocar uma guitarra nos anos 50 e Tina Bell fundou a primeira banda grunge nos anos 80.
E esses são apenas alguns dos nomes! Muitas mulheres negras, em carreira solo ou acompanhadas por suas bandas, inspiraram não só a criação do gênero, mas muitas das mudanças que ocorreram, porém com pouco ou nenhum reconhecimento.
Reconhecimento histórico
Apesar de todas as mudanças que vivemos, muitas mulheres negras ainda lutam pelo seu lugar ao sol no mundo do rock principalmente, mas a maioria das pioneiras morreu esquecida. Big Mama Thornton morreu sozinha em 1984, Lady Bo, que morreu em 2015, é pouco lembrada pela história do gênero e possui poucos registros do seu trabalho, assim como Tina Bell que faleceu em 2012 sem o merecido reconhecimento.
Felizmente as coisas estão mudando e muito está sendo resgatado, lembrado e honrado para que muitas delas não sejam mais esquecidas. Fora da ótica racista, diversas partes da história estão sendo reconstruídas e a história da música não fica de fora!
Inspiração para o futuro
Mulheres com personalidades definidas, focadas e apaixonadas por música. É impossível não se inspirar, afinal, em muitos casos, elas lutaram contra homens que não as levavam a sério e contra uma sociedade extremamente racista que estava pronta para virar as costas.
Persistiram e se dedicaram aos seus talentos, trilharam caminhos únicos e marcantes para o rock com suas vozes potentes ou sua criatividade instrumental. Sem as mulheres negras, o rock provavelmente teria outra cara, outros acordes e uma história totalmente diferente.
Elas viveram a alma do rock: pura atitude!
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