A música popular brasileira, assim como a população deste enorme país, resulta da influência de diversas culturas. A produção tipicamente nacional é marcada por manifestações africanas, europeias e indígenas, mas com uma mistura que é a cara do Brasil!
No entanto, a criação deste gênero, carinhosamente chamado de MPB, não foi invenção de grandes compositores como Tom Jobim, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina, Pixinguinha e Cartola. A música popular brasileira tem suas origens há muito tempo, e todas as transformações pelas quais passou foram fundamentais para que chegasse ao século XX como um estilo consolidado, consagrando mundialmente canções como “garota de Ipanema”, “sabiá” e “você é linda”.
Raízes da Música Popular Brasileira
Para algumas pessoas, a música popular brasileira inclui todas as manifestações artísticas disseminadas em nosso território. Por isso, pode-se dizer que antes mesmo da chegada dos colonizadores portugueses às “Índias”, populações tradicionais que aqui viviam já celebravam uma música brasileira com seus instrumentos, durante as cerimônias e celebrações da tribo.
A chegada europeia em 1.500 agregou novas sonoridades, como o violão, a viola e o pandeiro. Por fim, a presença dos escravos africanos inseriu importantes instrumentos de percussão, como o atabaque, o tambor, o berimbau e a cuíca.
Todas essas influências tornaram-se a base do que no início do século XX começou a ser chamada de música popular brasileira, e que em meados dos anos 60 tornou-se o nome de um gênero característico de um grupo de artistas nacionais.
Esse movimento despertou após o declínio da Bossa Nova, que havia encantado ouvidos e corações por todo o mundo com a melodia brasileira. A “MPB”, então, tornou-se o título para identificar composições inovadoras, que utilizavam elementos regionais e nacionais, mas que ao mesmo tempo não se enquadravam como samba, bossa nova ou como a Jovem Guarda.
Outra marca característica deste movimento foi a contestação política e social, pois ao mesmo tempo em que a década de 1960 viu uma ebulição da produção musical e dos festivais, foi também um período de enorme repressão sob a ditadura do regime militar.
Entre os nomes com destaque nas primeiras produção da MPB estão Chico Buarque, Edu Lobo, Vinicius de Moraes, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Djavan, Gal Costa e Elis Regina.
Frutos da MPB
Logo após a MPB surgir como gênero, floresceram também outros dois outros movimentos sonoros: a tropicália e o iê-iê-iê. Enquanto o primeiro tinha uma característica de vanguarda brasileira com influências comportamentais (rebeldia) do rock’n roll internacional, o segundo consolidou o rock’n roll brasileiro com nomes como Tim Maia, Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Com o passar dos anos, a MPB incorporou elementos do funk, soul e do rock e produziu novas e ecléticas gerações de artistas, como Ney Matogrosso, Zizi Possi, Marisa Monte, Kid Abelha, Cássia Eller, Ed Motta, Carlinhos Brown e, mais recentemente, Maria Gadú, Nando Reis, Maria Rita (filha de Elis Regina), Seu Jorge, Vanessa da Mata, Zélia Duncan e Zeca Baleiro.
Em 2012, o governo federal sancionou a Lei 12.624, a qual instituiu o dia 17 de outubro como o Dia Nacional da Música Popular Brasileira.
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