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Afinal, por que algumas músicas grudam na nossa cabeça?
Todo mundo já sofreu com uma música “chiclete”: aquela que gruda insistentemente na memória e demora dias para sair da cabeça. Quando a música é fácil de lembrar, de ser cantada ou cantarolada, basta que seja ouvida apenas uma vez para ficar por muito tempo na memória. Confira agora quais são as explicações para este fenômeno:
• Versos simples: músicas com versos simples e poucas palavras são mais fáceis de serem lembradas, ou seja, provavelmente grudarão mais rápido no seu consciente. Músicas “fáceis”, com sons repetitivos e batidas parecidas são produzidas com o intuito de não saírem das paradas de rádio, televisão, e da nossa cabeça;
• Ócio: quando estamos desocupados e pensamos em uma música, é comum que aquele som fique se repetindo dentro da cabeça. Isso acontece pois o córtex continua trabalhando para “preencher” espaços no cérebro;
• Cabeça vazia: na falta de preocupações, o consciente tende a relembrar coisas para ocupar seu dono com algum assunto. Ao pensar numa sonoridade ou música simples, é normal que somente aquilo fique se repetindo, enquanto o cérebro não encontra outra coisa para pensar. Por isso, mantenha-se ocupado e atento!
Formas rápidas para se livrar do som grudento
Se o fenômeno cerebral está te incomodando, saiba que existem caminhos simples para se livrar do tormento repetitivo de sons – ou pelo menos tentar! Siga as instruções abaixo e declare guerra ao chiclete:
• Cante a música chata do início ao fim: sim, primeiramente, junte-se ao seu inimigo. Cante ou cantarole a música completamente, tentando lembrar até mesmo as partes que não sabe ou não conhece. Verifique na internet, busque tudo sobre a canção e livre-se dela;
• Mude a faixa: procure ouvir outras canções, principalmente trilhas sonoras de filmes. Dessa forma, é possível distrair-se com outras músicas e ainda ocupar a cabeça com um roteiro interessante;
• Fuja de rádios e canais de música: se a música grudada em sua cabeça for relativamente nova ou esteja fazendo muito sucesso, é melhor evitar ouvir rádio ou ligar em canais de música para não dar de cara – e ouvidos – com o som indesejado;
• Busque conhecer artistas totalmente diferentes: pesquise por artistas novos, de sonoridades exóticas e descubra novas possibilidades além de tirar o som da cabeça;
• Reflita e pense bastante: tire um tempo para ler um livro ou conhecer músicas novas, com letras diferentes. A televisão não auxilia nesse processo por não exigir nenhum tipo de raciocínio, portanto, prefira atividades mais complexas para tirar o chiclete da cabeça.
Curiosamente, foi descoberto que mulheres e pessoas muito preocupadas são as ouvintes mais atingidas pelo som-grude. Ainda não se sabe exatamente o motivo, mas estudos indicam que as causas podem ser fisiológicas, tendo relações com os sons que ecoam pelo corpo.
Tratando mais profundamente do assunto, é comprovado que qualquer atividade que envolva música ou habilidade musical exige certo esforço dos neurônios. Por isso, é correto afirmar que a percepção musical está diretamente ligada às áreas primitivas do cérebro. Ou seja, somos influenciados por barulhos ritmados desde os primórdios da raça humana.
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