Quais as composições mais importantes de Joseph Haydn?
Joseph Haydn nasceu em 1732 em Rohrau e faleceu em 1809 em Viena, ambas as cidades localizadas na Áustria. Foi amigo de Mozart e professor de Beethoven. Ao lado destes dois compositores forma a “trindade vienense”.
Considerado como o “Pai da Sinfonia” e o “Pai do Quarteto de Cordas”, Haydn foi decisivo para o desenvolvimento dessas formas. Ganhou prestígio ainda em vida, ao contrário de Mozart, que só foi reconhecido tempos após sua morte.
É um dos autores mais importantes e influentes da história da música erudita ocidental, com uma carreira que cobriu desde o fim do Barroco até o início do Romantismo. Haydn é a ponte que permitiu que esta evolução.
Sua obra
A produção de Franz Joseph Haydn foi imensa. Ele conseguia escrever três peças em uma semana, enquanto outros criavam somente uma obra por ano.
Extremamente prolífico, escreveu 107 sinfonias, 83 quartetos de cordas, 45 trios para piano e cordas, 62 sonatas para piano, 27 concertos para diversos instrumentos, 16 óperas, 16 aberturas orquestrais, 35 peças religiosas e outros trabalhos. Ao todo, suas composições têm cerca de 340 horas de música.
A numeração oficial das sinfonias de Haydn vai apenas até 104, porém, é lícito somar-lhes duas obras de juventude (Sinfonias “A” e “B”, datadas de 1757-60) e uma Sinfonia Concertante para violino, violoncelo, oboé e fagote (1792).
O tamanho de sua obra impressiona. Na década de 1920, um alemão chamado Antony van Hoboken começou a coletar manuscritos e as primeiras edições de peças deixadas por Haydn com a intenção de compilar um catálogo definitivo.
Ele desistiu após alcançar cinco mil itens e, embora todos os trabalhos de Haydn estejam catalogados, novas descobertas continuam sendo feitas.
Melhores composições
A obra completa de Haydn foi lançada recentemente em um box contendo 150 CDs. Apesar da importância do registro histórico, a quantidade de material se torna um problema para quem deseja conhecer sua obra. Por onde começar?
Haydn tentava tornar suas sinfonias mais vendáveis dando nomes a elas. A Sinfonia nº 92 tem o título de “Oxford” porque a conduziu naquela universidade.
“A Criação” é considerada sua grande obra-prima. “A surpresa” (Sinfonia nº 94) aplica no ouvinte um pequeno choque e “O relógio” (nº 111) faz um “tic-tac”.
“As Estações”, as Sinfonias de 82 a 87 (escritas para Paris) e as de 93 a 104 (feitas para Londres) são suas composições mais vigorosas. Vale a pena conferir também os ciclos de quartetos de cordas e todo o ciclo de Missas.
Influência de Mozart
Em uma de suas viagens a Viena, Haydn tornou-se amigo de Mozart, 24 anos mais jovem que ele, com quem passou a se corresponder com frequência.
Apesar da distância, realizaram um valioso intercâmbio artístico que enriqueceu as obras de ambos. Haydn era audacioso na estrutura musical, enquanto Mozart era inventivo e requintado nas melodias e orquestrações.
A influência de Mozart sobre Haydn fica evidente nas “Sinfonias de Solomon”, nos seus últimos quartetos e nas já mencionadas “A Criação” e “As Estações”.
Haydn foi sepultado em solene cerimônia fúnebre, ao som do “Réquiem”, de seu amigo Mozart, por quem era chamado de “pai de todos os compositores”.
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