Você já reparou que as músicas novas são cada vez mais curtas e tem um sucesso passageiro? Segundo as principais plataformas de streamings, as músicas que viralizam atualmente são aquelas que possuem cerca de 2 minutos e meio. Canções com 3 minutos já são consideradas muito longas. Por quê?
Bom, a resposta pode parecer simples: a Geração TikTok prefere músicas curtas. Mas o motivo dessa preferência? Qual o impacto disso no mundo da música e na saúde mental dos jovens?
Confira as respostas a seguir!
Geração TikTok e a audição ansiosa: o que mudou no mundo da música?
De acordo com as principais plataformas de streaming de música (Amazon Music, Deezer e Spotify), a Geração TikTok, ou seja, a Geração Z, considera músicas com mais de 3 minutos muito longas. No geral, as canções com até 2 minutos e 30 segundos são as mais consumidas por esse público.
Esse fenômeno já ganhou um nome, “audição ansiosa”, e está mudando a forma como os artistas produzem suas músicas. Agora, quem não cria uma canção que vai direto ao ponto perde ouvintes nos primeiros segundos — algo que pode parecer muito estranho para o público da época de Faroeste Caboclo, November Rain e Stairway to Heaven.
O motivo dessa preferência por músicas menores parece ser um reflexo das redes sociais, especialmente o TikTok. Há tempos, os conteúdos nas redes sociais são apresentados de forma extremamente rápida.
Por exemplo, o Twitter aceita pouco texto, o TikTok aceita vídeos de no máximo 3 minutos, o WhatsApp e as plataformas de streaming de vídeo e música possuem a opção de reprodução acelerada. Por isso, os tutoriais de 15 minutos do YouTube estão perdendo espaço para conteúdo de 15 segundos no TikTok. Como resultado, a Geração Z está mais ansiosa e não tem paciência para apreciar músicas mais longas.
Como o TikTok impacta a produção musical?
Segundo um levantamento da Winnin 7, em 2020, 7 das 10 músicas mais ouvidas no Spotify viralizaram primeiro no TikTok. Outro estudo recente, feito pela Nielsen por encomenda da ByteDance, mostrou que 60% dos usuários da rede social a usam para descobrir coisas novas, incluindo músicas.
Então, se a Geração TikTok refere músicas mais curtas, logo, os artistas precisam produzir canções menores para fazer sucesso com esse público — e isso é algo que já vem acontecendo. Por exemplo, o single “Tipo Gin”, com o famoso refrão “Ela tá movimentando”, foi composta pensando no TikTok, segundo o artista e produtor Kevin O Chris.
Assim, a tendência é que cada vez mais músicas sejam produzidas para viralizar no TikTok, com refrão chiclete, duetos e coreografias para desafios. Afinal de contas, quem produz músicas para a Geração Z precisa estar onde seu público está.
Entretanto, os efeitos da audição ansiosa não afetam apenas o mundo da música. A nossa saúde mental também pode ser impactada!
Quais os efeitos da audição ansiosa para a saúde mental?
Tanto os artistas como os usuários do TikTok podem sofrer danos psicológicos com o uso excessivo da rede social. Antigamente, quando uma música ficava famosa, ela tocava nas rádios por meses (até anos). Agora, é difícil que uma música continue viral por mais de uma ou duas semanas. Por isso, compositores e cantores estão trabalhando muito mais para lançar músicas e continuar em alta — o que pode ser desgastante.
Por outro lado, a Geração TikTok também é afetada. Conforme os próprios desenvolvedores já confirmaram, a rede social foi feita para viciar. Isso acontece porque a plataforma tem um algoritmo de indicação de conteúdo muito bom que, em conjunto com os vídeos curtos, ativa nosso sistema de recompensa; dando para o cérebro uma sensação de alegria e satisfação imediata.
O problema, como sempre, é o excesso. Um jovem que se torna viciado no TikTok pode ter dificuldade de realizar tarefas mais complexas e que não promovem uma sensação de bem-estar tão rápida. Afinal de contas, o cérebro deles fica acostumado com recompensas que exigem pouco esforço.
Entretanto, isso não significa que a Geração Z não deva usar o TikTok, pois não tem como negar que essa é uma plataforma incrível. O segredo é encontrar o equilíbrio entre a vida real e a vida nas redes sociais!
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