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A história da animação que transformou o Mickey Mouse em maestro.

Fantasia é um clássico da Walt Disney, lançado em 1940 e repaginado em 2000, que retrata a viagem de Mickey Mouse pelo universo da música. A trilha sonora da animação foi criada com a ajuda do famoso maestro Leopold Stokowski e tinha o objetivo de popularizar a música clássica. O feito só foi alcançado muitos anos depois, pois o lançamento da produção quase levou a Disney à falência.

Descubra mais sobre o primeiro longa-metragem do camundongo mais famoso do mundo e por que, ainda hoje, o filme continua sendo um material incrível para a educação musical de crianças e jovens.

A produção de um clássico

Inicialmente, a ideia da Walt Disney Production com o roteiro de Fantasia era lançar vários curtas-metragens. Porém, durante a criação da animação sem diálogos, decidiu-se produzir um longa – que acabou sendo o primeiro de Mickey Mouse, cuja popularidade estava em declínio e o estúdio pretendia reavivá-la.

A estrutura de “Fantasia” é formada por oito segmentos independentes, cada qual formado pela execução da obra de um compositor, sendo que sete delas foram gravadas pela Orquestra da Filadélfia (Philadelphia Orchestra).

A abertura ficou com a “Tocada e Fuga em Ré Menor, BWV565, de Bach, seguida pela “Suíte Quebra-Nozes” de Tchaikovsky; por “O Aprendiz de Feiticeiro” de Paul Dukas; “Sagração da Primavera” de Stravinsky; “Sinfonia Pastoral” de Beethoven; “Dança das Horas” de Ponchielli; “Uma Noite em Monte Carlo” de Mussorgsky; e “Ave Maria” de Schubert.

O lançamento ocorreu em 13 de novembro de 1940 e, apesar da boa aceitação da crítica, não emplacou na bilheteria e o faturamento foi muito abaixo do esperado. O sucesso do clássico começou a dar sinais somente na década de 1960 e, atualmente, quase todas as gerações reconhecem o Mickey vestido de bruxinho e segurando a batuta do maestro.

Fantasia ganhou dois Oscar honorários em 1942, um pela criação de um novo sistema de som chamado Fantasound (precurssos do “surround sound”) e outro pela originalidade da produção.

Versão moderna: Fantasia 2000

A sequência de Fantasia (1940) foi produzida em 1999 por Roy E. Disney e Donald W. Ernst. Da mesma forma que o antecessor, Fantasia 2000, como veio a ser chamado, é composto por oito sequencias de segmentos independentes, seis delas executadas pela Orquestra Filarmônica de Chicago, com condução de James Levine.

Com estreia no Carnegie Hall de Nova Iorque, a produção foi adaptada para IMAX e conquistou o coração da nova geração que ainda não conhecia a primeira versão. A abertura continuou com Beethoven, porém com a Sinfonia n. 5, seguida de “Pinheiros de Roma” de Respighi; “Rhapsody in Blue” de Gershwin. “Concerto de Piano n. 2” de Shostakovich; “O Carnaval dos Animais” de Camille Saint-Saëns; “O Aprendiz de Feiticeiro” de Dukas; “Marcha de Pompa e Circunstância”; e “O Pássaro de Fogo” de Stravinski.

Seja na escola ou em casa, as duas produções (1940 e 2000) constituem um rico material para a educação musical. Afinal, com o apoio de personagens mundialmente populares e das animações que entretém os pequenos (e também jovens e adultos, por que não?), o público é estimulado a apreciar a música clássica por meio de obras de compositores renomados.

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