Objeto Cultural X Objeto Artístico: Qual a diferença?
Afinal, do que se trata o objeto cultural e o objeto artístico? Qual a diferença entre eles? Para aqueles que acompanham os movimentos culturais mais de perto, estas perguntas permeiam o pensamento sem uma resposta definitiva. Contudo, suas definições não são difíceis de entender, o que propomos explicar a seguir:
Objeto cultural
Pode-se melhor conceituar objeto cultural ao dizer que ele tem uma concepção ampla, como se fosse um grande abraço a todas as manifestações culturais de uma sociedade. Por isso, varia com o lugar e com o tempo, mas sempre de forma a agradar a todos em sua representação daquilo que ele acredita ser um item cultural. Portanto, se diz que este objeto evidencia a essência de um povo, desde as pinturas, a música, a literatura ou qualquer outra forma que se julgue como arte.
Desta forma, podemos pensar que os objetos culturais apresentam um significado que vem do generalizador para o individual. Ou seja, começa no senso comum do que todos compreendem como cultura para o individual do que você entende como representação dessa cultura. Um exemplo é o futebol, em que grande parte da população entende como parte da cultura brasileira, mas, para alguns, o estádio do Maracanã é o objeto cultural que o representa. Logo, podemos entender que se trata de um significado estético e utilitário.
Estas representações muitas vezes são integrantes naturais do dia a dia das pessoas, mas que com o tempo, o contexto e o acontecimento histórico ganharam uma valoração. Uma transformação assim acontece quando ele sai de uma classificação natural e passa para a cultural. Alguns antropólogos e demais intelectuais se dedicam a explicar este conceito e, de uma maneira mais simples, passaram a denominar objetos culturais como cultura material.
Cultura material
Em favor da ludicidade, explicamos cada aspecto da cultura material. A cultura de massa é assim chamada porque a sua produção tem a forte característica do consumo imediato. Mesmo que esteja presa a uma intenção de instigação, não quer dizer que falte beleza a ela, mas não está tão ligada a complexidades. Muitos confundem cultura de massa com cultura midiática, mas a segunda se mistura com todos os outros tipos de cultura, porque ela quer atrair o público médio.
A cultura popular nasce na população oprimida e trabalhadora, nas periferias, sobre os morros e no interior. Ela está nas festas, nos rituais e nos aspectos da tradição e do cotidiano. Quando o que é natural nestes ambientes é ressignificado através da arte e mudado de seu contexto, ele fala da cultura material do cotidiano. Então vira uma arte popular ou uma arte folclórica.
A cultura material mítica tem a ver com as práticas religiosas, seja de qual ordem for. A representação do que a população entende como sagrado e divino, como também em choque com o profano. Muitos locais aproveitam para explorar o turismo através destas representações. Por fim, a erudita, que também é chamada de clássica. Ela traz uma reprodução de modelos de perfeição e harmonia. Por ser incomum a populares, muitas vezes, é posta como cultura de classes.
Objeto artístico
Para entender o objeto artístico, é necessário também compreender que tudo pode ser considerado arte. Para isso, basta que ele seja considerado assim dentro de seu contexto natural ou, principalmente, fora. Ele sempre será julgado pensando em seu viés social, histórico e também cultural. Estes objetos têm uma expressão própria que faz sentido para aquele a produz, mesmo que não faça sempre para o interlocutor. O objeto artístico trata de significações, seja para quem o produziu, como para quem a recebe. Cada um a seu modo e sem, necessariamente, estar preso à cultura.
Um objeto artístico é onde podemos ver, sentir e tocar a arte. Ele é concebido em meio a assimilações de emoções, sentimentos e ideias. Depois deste processo, ainda age em provocação com o interlocutor para fazê-lo refletir, considerar e encontrar significados únicos e diferentes para o que vê, ouve ou sente. Por ter uma intencionalidade do artista, se diferencia do objeto cultural. Mesmo criado individualmente, ele abre o leque para uma interpretação coletiva.
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