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Há diferença entre coro e coral?

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O coro é um conjunto formado por vários vocalistas que cantam simultaneamente. Eles podem se apresentar com o acompanhamento de instrumentos musicais ou sem esse recurso, estilo conhecido como “a capella”.

A existência deste tipo de grupo musical data de muitos anos atrás. Cerca de dois séculos antes de Cristo já havia relatos de reuniões vocais. Mas, somente há 250 anos possui a formatação atual, com sopranos a frente e esquerda, tenores atrás e esquerda, baixos atrás e direita e contraltos a frente e direita.

Para o estudante de música, o coro é uma experiência indispensável, pois consiste no momento em que o praticamente ou futuro músico profissional, pela primeira vez, se encontra em uma situação real de interação com seus pares e percebe sua voz como uma parte de um todo de vários protagonistas.

Coro x Coral

Coral é um termo utilizado no Brasil como sinônimo de coro, portanto, na prática não existe nenhuma distinção entre eles, apenas de caráter linguístico.

Quem comanda o coro é o regente, também chamado de maestro. Esse músico é o responsável por conduzir e acrescentar as variações musicais existentes na peça. Ele também ordena a afinação e composição das vozes.

A partir do século 18, o coro passou a representar o agrupamento entre 34 e 38 cantores com a finalidade de interpretar canções eruditas, músicas com altura, duração, timbre e intensidade descritas em arquivos nomeados de partituras.

Polifonia

Esse estilo surgiu por meio da prática de grupos vocais na metade do século 15. Acontece na ocasião em que as quatro modalidades de vozes opostas – baixo, contralto, soprano e tenor – cantam sua parte, cada uma delas realizando sua função e contribuindo para que haja um resultado pleno no coro.

A polifonia resultou no surgimento da harmonia. Atualmente é utilizada nos processos de harmonia tradicional, no aprendizado e na concretização prática.

O músico alemão Joham Sebastian Bach empregava o coro de 36 vozes – 9 sopranos (voz aguda feminina), 9 contraltos (voz grave feminina), 9 tenores (voz aguda masculina) e 9 baixos (voz grave masculina). Apesar de haver uma alternância considerável na quantidade de músicos, a ideia de quatro vozes em polifonia era preservada.

Inovações ao longo do tempo

No período do Renascimento, houve experiências vocais com seis vozes – baixo, barítono, contralto, tenor, mezzo sobrano e soprano – do agudo ao grave. A junção de coros para aumentar o dimensionamento das vozes também foi um recurso utilizado de maneira experimental nessa mesma época.

No Brasil, o maestro Heitor Villa-Lobos reuniu milhares de vozes para cantar em coro, com a finalidade de dar intensidade a sua técnica de canto orfeônico, estilo de cantoria coletiva amadora, cujo nome é uma homenagem a Orfeu, deus da mitologia grega responsável por amansar as feras com sua música.

A nona Sinfonia de Beethoven foi inovadora ao unir em sua composição o coro e a orquestra sinfônica, o que virou uma tendência e, graças ao seu alto nível de sofisticação artística, passou a ser utilizado muitos anos depois no cinema.

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