No mundo da música, tem sido comum o surgimento de novas técnicas e maneiras de manipular e sintetizar sons, que têm acompanhado a evolução tecnológica da sociedade.
Entre os métodos e recursos tecnológicos utilizados em produções musicais nos últimos tempos, um que tem ganhado cada vez mais espaço e se popularizado bastante é o sample.
Trata-se de uma ferramenta versátil, de fácil utilização em qualquer estúdio e que tem sido muito explorada por artistas de variados estilos e gêneros musicais.
Mas o que vem a ser o sample? O que caracteriza essa técnica e como ela funciona na música? Entenda mais a seguir:
O que é sample?
Em tradução do inglês, sample significa “amostra”. No contexto musical, samples seriam trechos sonoros selecionados de uma música que são reutilizados em uma nova gravação, de forma remixada, cortada ou direta.
Nesse sentido, “samplear” uma música consiste em recortar ou repetir trechos de uma determinada música ou partes de uma gravação preexistente para criar uma nova melodia com uma nova roupagem de som.
A técnica é muito utilizada na indústria musical, sobretudo em gêneros como a música eletrônica e o hip hop.
Origens
Apesar de parecer uma técnica moderna, o recurso de “samplear” sons não é algo recente.
Os primeiros estudos sobre a técnica remontam à década de 1940, a partir de pesquisas de Pierre Schaefer e Pierry Henry, franceses que eram teóricos da música e que foram os pioneiros da chamada Música Concreta.
Na Música Concreta, eram reunidas diferentes amostras de som, formando novas composições. As colagens de conteúdos sonoros contemplavam não apenas a sonoridade de instrumentos musicais, como também apresentavam um caráter experimental, a partir do uso de sons de trens e de barulhos mecânicos previamente gravados.
As pesquisas conduzidas pelos teóricos franceses tiveram influência sobre o músico e compositor alemão Karlheinz Stockhausen, que posteriormente produziria diversos projetos de música eletrônica a partir de técnicas de colagem e de samples de sons.
Popularização
A consagrada banda britânica The Beatles produziu alguns discos experimentais tendo referências da Música Concreta. Um exemplo é o álbum “Revolution 9″, lançado em 1968 e que conta com sons sampleados, além de efeitos sonoros em suas faixas.
A partir dos anos 1970 e 1980, com o surgimento e consequente fortalecimento da cultura hip hop, os recortes musicais passaram a ganhar ainda mais espaço entre os produtores.
Estilos como o hip hop e o funk permitiram que a técnica ganhasse mais abrangência e projeção, com diversos DJs passando a usar recortes de gravações e utilizar samples de outras músicas, popularizando o recurso nas festas da época.
Nos anos 1990, nomes como Kool DJ Herc e DJ Grandmaster Flash, internacionalmente, e Racionais MCs, em âmbito nacional, ajudaram a difundir e a consolidar em larga escala a cultura do sample.
Sample x Plágio
Embora a jurisprudência e o entendimento jurídico sobre a legalidade do uso de sample não sejam conclusivos, é necessário ter uma compreensão sobre o que disciplina os direitos autorais.
Como o próprio nome deduz, os direitos autorais protegem os autores de uma obra. No caso de uma música, a proteção faz referência ao criador da canção.
Nesses casos, se um sample for feito sem a devida proteção aos direitos do autor da música original, fica configurado o plágio ou cópia da obra, o que é passível de punição.
Por outro lado, o sample é autorizado quando são respeitados os direitos do autor da obra original.
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