Mesmo não tendo grandes pirâmides ou cidades sítios misteriosos como Machu Picchu, a preservação do patrimônio arqueológico no Brasil também deveria figurar como matéria de destaque em razão de sua grande importância histórica e também para construção da identidade nacional. Assim, neste artigo, iremos ver alguns desafios enfrentados pela área.
Longe dos holofotes
É certo que muito da mídia feita em torno dos sítios arqueológicos mais famosos é sensacionalista e pouco contribui para o entendimento dos cidadãos a respeito do verdadeiro valor desses lugares e também de sua importância histórica.
No entanto, também é inegável que ao estar em foco nos noticiários, jornais e portais, os sítios arqueológicos de maior destaque se tornam mais convidativos tanto para as visitas de fato, quanto para a reflexão sobre o que ele significa dentro da sociedade.
Em outras palavras, podemos dizer que quanto mais itens, objetos ou sítios arqueológicos são alvo da mídia maior interesse e proximidade despertam no público em geral que de uma forma ou de outra passam a enxergá-lo como algo valioso e digno de atenção.
Justamente, essa proximidade, ou melhor colocando, a falta dela, parece um dos grandes desafios que se enfrentam no Brasil em relação ao patrimônio arqueológico, uma vez que sabemos que justamente essa importância dada pela sociedade ajuda a garantir verbas e a atenção necessárias para a preservação.
A falta de investimentos
Mesmo parecendo um lugar comum e até mesmo clichê, infelizmente a falta de investimentos públicos é sem sombra de dúvidas um dos maiores empecilhos encontrados por aqueles que trabalham e lutam para preservar o patrimônio arqueológico brasileiro.
Graves consequências desse cenário podem ser vistas em diversos pontos em todo o país, desde casos de sítios que não recebem verbas para que sejam explorados e analisados até mesmo a perdas irreparáveis como o trágico incêndio do Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, ou como o igualmente trágico incêndio que destruiu grande parte de originais da filmografia brasileira, quando o fogo lambeu a Cinemateca paulista.
Assim, não apenas se perde grande parte do patrimônio como no caso do Museu Nacional que teve 200 anos de pesquisas destruídos em poucas horas, como também nem mesmo se chegar aos achados que poderiam contribuir para a sociedade como no caso dos diversos sítios arqueológicos abandonados.
Entre os exemplos mais notórios de patrimônios arqueológicos abandonados está o sítio arqueológico de Sepetiba, RJ, no qual segundo flagrante de um fotógrafo acumula lixo e entulho de obras.
Além desses, ainda há o triste caso do Parque Arqueológico do Piaui que segundo o jornal El País, tem potencial para transformar o que se sabe sobre a chegada do ser humano à América, contando com mais de 900 sítios arqueológicos, mas que, no entanto, passa longos períodos totalmente abandonado, sem receber a devida atenção.
Com isso, esperamos não ser essa a conclusão da história de como o Brasil trata o seu patrimônio arqueológico. Igualmente, esperamos que a sociedade, os governos e demais órgão e entidades se interessem não apenas pelos temas e lamentações após as perdas, mas antes de tudo pela memória e pelo compromisso em manter o legado para as gerações futuras.
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