Vida e obra
Alfredo da Rocha Vianna Jr., apelidado de “Pixinguinha”, teve um papel de destaque no desenvolvimento regional do choro, como são chamados os pequenos grupos típicos desse gênero caracterizado por qualquer pequena orquestra com um instrumento solo que tocasse música popular, especialmente ao ar livre.
Flautista virtuoso em tenra idade, Pixinguinha compôs sua primeira música aos 13 anos, o choro “Lata de Leite”, dedicado a seus amigos com quem costumava roubar latas de leite da frente das casas vizinhas.
Começando com os pequenos grupos parecidos com câmaras que já eram comuns e utilizavam flauta, violão e cavaquinho, Pixinguinha modificou sua estrutura e criou o que seria seu grupo fundamental, Os Oito Batutas. Com esse conjunto revolucionário, introduziu no Brasil instrumentos de jazz como trompete, trombone, saxofone e banjo, além da variada percussão brasileira.
No artigo a seguir, você vai conhecer mais sobre a vida e obra desse grande ícone da música popular brasileira.
Boa leitura!
Primeiros anos
Nascido em Piedade, no subúrbio carioca, em 23 de abril de 1898, dia de São Jorge, Pixinguinha foi um mestre reconhecido da flauta, com vários discos lançados e certo reconhecimento internacional.
Depois de conhecer São Paulo e Minas em 1920, Os Oito Batutas foram convidados a trabalhar no cabaré Assírio do Theatro Municipal, acompanhando as apresentações de Duque e Gabi, um casal de dançarinos que ficou famoso na Europa dançando ao maxixe, derivado do Lundu e um precursor direto do choro. Por sugestão de Duque, o milionário Eduardo Guinle, um grande admirador dos Batutas, decidiu patrocinar o grupo para uma turnê na Europa.
Chegaram a Paris no inverno de 1922 para tocar no cabaré Scheherazade. Com a principal preocupação de simplesmente ter seu som ouvido nas amplas salas parisienses (que eram bem maiores que as cariocas), Pixinguinha passou a pensar em um instrumento com um som mais potente. Por causa disso, ele comprou um sax soprano Selmer, introduzindo este instrumento no gênero do jazz brasileiro.
O nascimento de uma nova era para a música brasileira
Em 1926 tornou-se diretor da Orquestra do Teatro Rialtoa. Dois anos depois, Pixinguinha dissolveu os Batutas para assumir novos compromissos. Em 1928, gravou “Carinhoso”, com críticas que diziam que a harmonia era “americanizada demais”. A outra diferença em seu estilo que irritaram os puristas foi a mudança formal do esquema de três partes tradicional no choro para um com uma introdução de duas partes separadas.
No mesmo ano, organizou a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga, que iniciou seu sucesso como orquestrador. Pixinguinha foi um dos primeiros a escrever arranjos para a música brasileira, especialmente na forma de marchas carnavalescas, inicialmente para a Transmissora Radio, e depois de novembro de 1929, para o recém-nascido Victor Talking Machine. Co. do Brasil.
Trabalhando com talentos como Heitor dos Prazeres, João Da Baiana, Radamés Gnatalli, Luís Americano e Tute, Pixinguinha estava criando uma nova fase na música brasileira.
O final da carreira
A bossa nova do final dos anos 50 trouxe consigo os bons e tradicionais valores da música brasileira, e Pixinguinha teve a oportunidade de usar sua vasta experiência com o gênero na criação da trilha sonora do filme Sol Sobre a Lama, junto com Vinícius de Moraes.
Mas logo, em 1964, ele sofreria o derrame que faria com que se aposentasse da música popular brasileira. E a paz seguiu em sua rotina, encontrando seus amigos no Centro do Rio e dormindo cedo, até a morte de sua amada Albertina, em julho de 1972.
Em 17 de fevereiro do ano seguinte, ele saiu para batizar um de seus netos. Ele estava na igreja em Ipanema por volta das 16 horas. Depois de algum tempo conversando com a família, ele começou a se sentir mal. Às 16h30 horas, o pai da música popular brasileira morreu na Igreja da Paz, aos 74 anos.
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