Bossa nova e compositores famosos
Herdeira do samba com influência estrangeira e mãe da música popular brasileira (MPB), a Bossa Nova marcou a história da música brasileira e elevou compositores nacionais à fama mundial com canções como Samba de Uma Nota Só, Águas de Março, Chega de Saudade e, não poderia faltar, A Garota de Ipanema.
Conheça um pouco mais sobre a trajetória desse gênero que é sinônimo de brasilidades e da vida mansa da zona sul carioca.
Made in Rio
A Bossa Nova é um gênero musical com origem 100% carioca. Ela surgiu na década de 1950, do encontro de amigos, todos músicos, boêmios e moradores da zona sul do Rio de Janeiro, que se reuniam na casa de Nara Leão para tocar música, criar sonoridade e curtir a vida.
Dessa profusão de talentos e ideias é que começou a se formar um novo movimento, autointitulado de “samba sessions”, em referência à experimentação que resultou do samba com as influências do jazz dos Estados Unidos.
Como todo movimento inovador, a criação da Bossa Nova fez parte de um processo amplo de transformações econômicas, políticas, sociais e culturais, como a expansão urbana brasileira, a modernização das cidades, a industrialização, a efervescência intelectual e o crescimento da classe média principalmente no Sudeste.
Porém, como toda boa história, essa também precisa de um marco ou ponto zero, que é provavelmente o ‘compacto’ lançado em 1958 pelo baiano João Gilberto, que também continha parcerias com outros compositores, como na música “Chega de Saudade”, com Tom Jobim e Vinicius de Moraes. No ano seguinte, João Gilberto lançou o LP “Chega de Saudade” e a Bossa Nova estava colocada nas prateleiras para os ouvidos brasileiros desfrutarem.
Características Musicais da Bossa Nova
O grande diferencial desse estilo era a letra descompromissada, que tratava de temas do cotidiano da classe média do Rio de Janeiro e também abordava poeticamente os elementos da natureza, com a praia, a chuva e o sol.
Em termos musicais, as marcas são o ritmo suave e calmo, a melodia leve e o modo de cantar que se situava entre o canto e a fala, com tonalidade suave e linguagem informal – quase que um “bate-papo. Apesar dessa simplicidade toda, a bossa evoluiu tecnicamente a produção nacional.
Entre os ícones podemos citar João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Nara Leão, Carlos Lyra e Edu Lobo. Especialmente a parceria entre Tom Jobim e Vinicius de Moraes rendeu bons frutos à música nacional, e algumas canções foram eternizadas (e inclusive regravadas por celebridades internacionais), tais como Garota de Ipanema, Chega de Saudade, Se Todos Fossem Iguais a Você e Águas de Março. Garota de Ipanema, por exemplo, já foi tocada por Frank Sinatra, Madonna, Amy Winehouse e Cher.
Cisão e novas produções
Em meados da década de 1960, os músicos dedicados à produção do gênero dividiram-se. Um grupo dissidente, de caráter mais nacionalista, tornou-se crítico da influência do jazz norte-americano na bossa nova, sugerindo uma reaproximação das composições com o genuinamente brasileiro, o samba.
Essa turma incluiu, por exemplo, Dorival Caymmi, Nara Leão e Edu Lobo, e foi nesse contexto que Vinicius de Moraes lançou sua renomada parceria com Baden Powell, “os Afro-sambas”, com forte influência da cultura africana na música e nas canções.
A Bossa Nova nunca deixou de existir, mas o cenário de efervescência minguou no final da década de 1960, principalmente com a ascensão da música popular brasileira (MPB). Todavia, ainda hoje a Bossa é um gênero consolidado e muito amado por compositores, intérpretes e amantes da boa música em todo o mundo. Algumas canções da era de ouro continuam sendo regravadas por artistas das novas gerações.
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